Entre fevereiro e abril de 2025, 307 mulheres procuraram a 1ª Delegacia da Mulher de Porto Alegre, mas desistiram de formalizar a denúncia. Agora, a Polícia Civil vai realizar uma busca ativa para tentar localizá-las, oferecer atendimento e entender os motivos das desistências.
A iniciativa surge após um relatório interno identificar falhas no acolhimento. A nova diretora do Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis, delegada Tatiana Bastos, afirma que o objetivo é garantir proteção mesmo sem registro formal, inclusive com atendimento online, se necessário.
Novas medidas:
- Refinamento no atendimento, com mais servidores por plantão
- Terminal exclusivo para registros simples
- Queda a zero no número de desistências após 3 dias da reestruturação
A busca será baseada nos formulários preenchidos pelas próprias vítimas, com dados como nome, data de nascimento e nome da mãe. O mapeamento deve durar até 30 dias, e cada caso será documentado com formulários padronizados para subsidiar novas estratégias de prevenção.
Segundo a delegada, muitas vítimas de feminicídio nunca registraram ocorrência. O plano quer romper esse silêncio, oferecendo apoio mesmo após a primeira tentativa de denúncia.
Por: Samara Debiasi