Por Reinaldo Guidolin
Durante sua visita a Santa Maria e região, o deputado acompanhou a implementação do seu projeto de planejamento familiar, que tem beneficiado diversas mulheres no Rio Grande do Sul. A iniciativa, já transformada em lei estadual, prevê a oferta de um implante contraceptivo subcutâneo, que evita a gravidez por até três anos. O método, segundo o parlamentar, é mais eficaz e apresenta menos efeitos colaterais do que outros contraceptivos.
No sábado (8), Dia Internacional da Mulher, ocorre a quarta etapa do projeto no município de Dilermando de Aguiar, onde 60 mulheres serão atendidas. A iniciativa já está presente em 64 municípios gaúchos e conta com o apoio de ONGs, como a Brasil Sem Gravidez, para garantir a distribuição dos implantes.
Segundo Dr. Thiago, embora o SUS preveja esse tipo de contracepção, o governo federal não tem garantido a distribuição desse medicamento para todas as populações, o que motivou a criação da legislação estadual.
Benefícios e economia para o sistema de saúde
O custo do implante é de aproximadamente R$ 400, mas garante proteção por três anos. “Se diluirmos esse valor ao longo do tempo, torna-se muito acessível. Para comparação, uma gravidez custa, em média, R$ 4.200 ao sistema de saúde”, afirmou o deputado.
Além da economia, ele destacou que gestações não planejadas aumentam em três vezes o risco de mortalidade materna e fetal, tornando essencial a ampliação do acesso a contraceptivos.

Futuro político e desafios do SUS
O deputado estadual anunciou sua intenção de concorrer à reeleição em 2026, destacando a continuidade desse projeto na área da saúde. Ele também pretende avançar em duas outras frentes importantes:
- Equidade no financiamento do SUS – Atualmente, muitos hospitais recebem valores inferiores ao custo real dos procedimentos, o que gera déficits financeiros. Para solucionar esse problema, o parlamentar propõe uma tabela paralela de financiamento, semelhante ao modelo já adotado em São Paulo e Espírito Santo.
- Fortalecimento do Projeto Pró-Hospitais – O projeto, já sancionado, prevê um modelo de desoneração fiscal. Com ele, hospitais podem captar recursos diretamente do ICMS pago por grandes empresas para investir em infraestrutura, mutirões de atendimento e aquisição de insumos.
Além dessas propostas, Dr. Thiago apontou os principais desafios do SUS, como dificuldades de acesso, queda na qualidade da formação médica e problemas de sustentabilidade econômica. Seu objetivo é garantir que os hospitais tenham recursos próprios e ofereçam atendimento de qualidade sem depender exclusivamente de emendas parlamentares.








