A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) dos Estados Unidos enfrentou grandes cortes de pessoal nas últimas semanas, com mais de mil funcionários sendo demitidos. Essas demissões, que atingiram áreas cruciais como a monitoração de ecossistemas marinhos e a previsão climática, ocorrem em um momento crítico, enquanto o planeta enfrenta mudanças extremas nos oceanos, como o aumento da temperatura e o derretimento das calotas polares. Cientistas alertam que a redução de especialistas pode comprometer a qualidade dos dados essenciais, como as previsões de clima, marés e o aumento do nível do mar.
Em especial, o trabalho de cientistas como Heather Welch, ex-funcionária da NOAA, que mapeava o movimento de animais marinhos para evitar danos a espécies e melhorar a pesca, foi afetado. Além disso, as demissões podem prejudicar o monitoramento de fenômenos climáticos como El Niño e La Niña, que impactam padrões globais de clima. A NOAA desempenha um papel vital nesse monitoramento, cujas previsões influenciam mercados internacionais.
Com as águas oceânicas mais quentes, o risco de desastres como furacões mais intensos e o branqueamento de recifes de corais aumentam, o que destaca a urgência em manter as funções da agência intactas para enfrentar os desafios climáticos globais.
Por Clara Tesche