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Dia das Mães e as Mães de Pet: um amor real que merece respeito

Com o Dia das Mães chegando, tenho pensado muito sobre o que é ser mãe de pet. Muita gente debocha, diz que é exagero, que não é a mesma coisa que criar um filho humano (e de fato, não é). Mas o que me chama mais atenção nessa história toda não é nem o rótulo, e sim o tipo de relação que algumas pessoas têm com os seus animais.

Quando eu era criança, meus cachorros eram meus grandes amigos. De verdade. Dormiam comigo, me acompanhavam pra todos os lados, me ouviam quando eu estava mal, sem dizer nada. O vínculo era forte. Mas naquela época ninguém falava em ser “pai” ou “mãe” de pet. Era simplesmente amor — um amor natural, mas equilibrado.

Hoje, vejo muitas pessoas se referindo aos seus cães ou gatos como filhos, o que por si só não me incomoda. O problema é quando esse amor vira uma devoção cega, sem limites, sem orientação. É como criar um filho humano só no carinho, dizendo sim pra tudo, sem educar, sem impor regras, sem preparar pra vida.

Ser responsável por um ser vivo — humano ou animal — exige mais do que afeto. Exige esforço, constância, disciplina. Exige saber dizer “não”, colocar limites, ensinar a conviver. Amar um animal não significa deixar que ele faça tudo o que quiser. E muitas vezes vejo pets completamente desregulados, agressivos, ansiosos — porque estão sendo tratados como bebês eternos, quando na verdade precisam de estrutura, rotina e até frustração, como qualquer ser em desenvolvimento.

Entendo que chamar de “filho” é uma forma carinhosa de expressar o lugar que aquele ser ocupa na vida da pessoa. E isso é lindo. Mas o que me preocupa é quando isso vira uma fantasia de maternidade perfeita, onde só existe o lado doce da coisa.

A maternidade humana já é uma experiência intensa e cheia de camadas. É amor profundo, mas também exaustão constante, renúncia, noites sem dormir, cobranças internas e externas, e uma enxurrada de opiniões de quem mal conhece sua realidade. Agora imagine isso sendo vivido por alguém que decide dedicar-se a um animal com o mesmo cuidado, a mesma entrega e ainda ouvir que o que sente “não é de verdade”.

No fim das contas, acho que o problema não está em dizer que é mãe de pet. Está em agir como se amar fosse suficiente. Amor sem educação pode virar um problema — pra quem cuida, pra quem convive, e principalmente pro próprio animal.

Neste domingo, fica aqui meu reconhecimento sincero: feliz Dia das Mães para todas que amam de forma genuína, seja um filho humano ou um companheiro de quatro patas.

Coluna por: Lucas Bello

Redação enFoco

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