- Rumo ao Planalto? Eduardo Leite já cogita deixar o PSDB
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), enfrenta um dilema político para viabilizar sua candidatura presidencial em 2026. Com a possível fusão do PSDB com outros partidos, Leite admitiu, pela primeira vez, que pode deixar a sigla caso isso inviabilize seu projeto. Apesar do convite do PSD, ele resiste à mudança, pois a legenda já possui outros nomes na disputa, sendo o mais forte Ratinho Júnior (PSD-PR). No entanto, Podemos e Solidariedade demonstram abertura para apoiá-lo, enquanto Republicanos e MDB dificilmente embarcariam em sua candidatura. O PSDB, por sua vez, busca alianças para se fortalecer após sucessivas derrotas eleitorais.
Além da incerteza sobre seu futuro partidário, Leite ainda não definiu um sucessor para o governo do Rio Grande do Sul. Internamente, nomes como Gabriel Souza (MDB), Artur Lemos (PSDB) e Paula Mascarenhas (PSDB) são cotados. O PSDB negocia fusões para evitar sua perda de relevância, especialmente após seu fraco desempenho nas últimas eleições. Apesar das especulações, aliados garantem que Leite continua fiel ao partido e mantém sua pré-candidatura ao Planalto como prioridade, reforçando o discurso de um projeto de centro democrático para o Brasil.
- Porto Alegre no Vermelho: Enchente e Queda de Arrecadação Afetam Finanças Municipais
A Prefeitura de Porto Alegre fechou 2024 com um déficit de R$ 430 milhões após uma década de superávit, atribuindo o rombo às despesas com a enchente que atingiu a cidade. O balanço apresentado pelo prefeito Sebastião Melo e pela secretária da Fazenda, Ana Pellini, apontou um saldo negativo de R$ 143 milhões no tesouro municipal e um passivo de R$ 287 milhões no Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). Apesar do déficit, o resultado orçamentário consolidado registrou um superávit de R$ 129 milhões, impulsionado por recursos vinculados, como o fundo previdenciário.
A arrecadação do município cresceu em impostos como ISS e ICMS, mas sofreu queda em tributos imobiliários e no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) devido à redução populacional apontada pelo Censo 2022. Os principais gastos da prefeitura foram com Saúde, Previdência, Educação e Saneamento, além dos R$ 801 milhões destinados ao enfrentamento da enchente. A administração busca recuperar recursos junto à União e ajusta a retirada gradual de aposentados da contabilidade da Educação, o que exigirá um gasto extra de R$ 60 milhões anuais.
- Vice-prefeito de Caxias participa de evento em Taiwan
O vice-prefeito de Caxias do Sul, Edson Néspolo, está em Taiwan, onde participa de um importante congresso mundial sobre cidades inteligentes. A viagem visa não apenas estreitar laços com o governo, que auxiliou a cidade durante as enchentes do ano passado, mas também apresentar as iniciativas do Município no campo da inovação urbana e adaptação climática.
A agenda do vice-prefeito inclui uma palestra sobre as adaptações climáticas em Caxias do Sul, marcada para quarta-feira da próxima semana, dia 19. Durante o congresso, também estarão presentes representantes de outras cidades, como Flores da Cunha, Curitiba e São Paulo, ampliando o intercâmbio de ideias sobre o futuro das cidades e a integração de novas tecnologias, considerando ainda o potencial de Taiwan nesse departamento. O retorno de Néspolo está previsto para o domingo seguinte, dia 23.
- Ato por anistia de Bolsonaro tem público abaixo do esperado
O ato em Copacabana convocado por Jair Bolsonaro em defesa de sua anistia e de outros envolvidos no 8 de janeiro reuniu, no máximo, 18,3 mil pessoas, segundo pesquisa da USP. Esse número reforça a ideia de que a anistia não é uma pauta popular, mas sim um interesse restrito ao ex-presidente e seu grupo político. Apesar disso, influenciadores bolsonaristas divulgaram uma estimativa da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que apontou um público de 400 mil pessoas, embora a corporação não tenha esclarecido se o número corresponde à lotação simultânea ou ao fluxo total de participantes. Ainda assim, essa contagem foi bem inferior à previsão inicial dos aliados de Bolsonaro, que esperavam um milhão de apoiadores.
O Datafolha, por sua vez, estimou um público de cerca de 30 mil pessoas. Para impulsionar a manifestação, Bolsonaro articulou o cancelamento de atos em outras capitais, mas não conseguiu alcançar seu objetivo de mobilização em massa. O evento contou com a presença de diversas figuras políticas aliadas, incluindo governadores, senadores e líderes religiosos como o pastor Silas Malafaia, coordenador da manifestação. Apesar dos esforços, a mobilização ficou aquém das expectativas, evidenciando um apoio mais restrito do que o esperado.