Damos continuidade à nossa série especial do mês da criança falando sobre um tema que deveria ser permanente em todos os meses do ano: a educação ambiental nas escolas. Muito além de uma disciplina ou de uma data comemorativa, ela é uma forma de enxergar o mundo, e de ensinar as próximas gerações a viver em harmonia com ele.
A escola é, depois da família, o espaço mais importante de formação humana. É onde se aprende a conviver, a respeitar o outro, a fazer escolhas e compreender as consequências delas. Por isso, é também o ambiente ideal para cultivar valores ligados à sustentabilidade. Quando a criança é estimulada a observar a natureza, entender o ciclo da água, valorizar a biodiversidade e repensar o consumo, ela cresce com senso de pertencimento e responsabilidade.
Mas ainda é comum ver a educação ambiental tratada como um evento isolado: um dia de plantio de árvores, uma palestra, uma atividade pontual. Essas ações são valiosas, sim, mas o verdadeiro impacto ocorre quando o tema está presente de forma contínua, transversal e vivencial. É quando a escola se torna um laboratório vivo de cidadania e cuidado com o planeta.
Projetos interativos são poderosos nesse sentido. Horta escolar, coleta seletiva, composteira, oficinas de reaproveitamento, campanhas de economia de água e energia; cada uma dessas iniciativas transforma conceitos abstratos em experiências concretas. A criança aprende não só o porquê, mas também o como. E o conhecimento que nasce na prática tem o poder de florescer dentro e fora dos muros da escola.
Além disso, a educação ambiental desperta o olhar crítico e criativo. Estimula a pesquisa, a colaboração e o senso de comunidade. Quando os alunos participam de projetos em grupo, aprendem que pequenas ações geram grandes resultados, e que o cuidado coletivo é essencial para qualquer transformação duradoura.
É fundamental também preparar os educadores. Não basta incluir o tema no currículo se os professores não recebem apoio, formação e recursos para desenvolvê-lo de maneira significativa. A educação ambiental precisa ser vivida dentro da escola, e não apenas ensinada. Precisa estar na forma como a instituição administra seus resíduos, economiza energia, planeja o uso dos espaços e se relaciona com o entorno.
Em um mundo onde as emergências climáticas se tornam cada vez mais frequentes, educar para a sustentabilidade é uma necessidade urgente. As crianças de hoje serão as tomadoras de decisão de amanhã e é na escola que aprendem que o futuro do planeta depende das escolhas que fazemos no presente.
Quando uma criança planta uma muda e acompanha seu crescimento, ela aprende sobre tempo, paciência e responsabilidade. Quando participa de um projeto de reciclagem, entende que nada desaparece por completo e que tudo pode ter um novo ciclo. Quando é ouvida e envolvida em soluções, percebe que tem voz, poder e dever de agir.
Cada escola que valoriza a educação ambiental está cultivando muito mais que plantas em um canteiro, está cultivando consciência. E essa é a semente mais fértil que podemos deixar às próximas gerações.
Que esse mês da criança nos lembre que o aprendizado mais importante não está apenas nos livros, mas nas atitudes que inspiram a cuidar da vida em todas as suas formas. Porque um futuro sustentável se constrói, antes de tudo, dentro da sala de aula.
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