De um lado, temos solos destruídos, bacias completamente assoreadas, chuvas e secas prolongadas que castigam o estado, já praticamente falido. Do outro, há vontade, técnicos, voluntários, doações e 167 propriedades transformadas. O trabalho iniciado em meio ao caos deu resultado e ensina que, com a união de forças, é possível recuperar o que parecia perdido. O grito é de esperança!
Senta que vem história. O modelo de sucesso foi implementado em Candelária com base na mobilização de agentes públicos e privados. Formamos um grupo técnico que incluiu especialistas da Emater, do Irga e dos escritórios de planejamento Agrican e Pava. Além disso, surgiu um voluntário precioso: o agrônomo Kiko Kudrna.
Reuni todos para uma conversa, e eles toparam o desafio de recuperar as condições de plantio, algo que parecia improvável para muitos. Fui atrás de recursos e, com a ajuda da Aprosoja-RS e do Sinditabaco, levantamos R$ 780 mil, que foram gerenciados pelo Sindicato Rural de Candelária e pelo Rotary Club.
Os valores garantiram o desassoreamento de 10 pontos críticos situados nas bacias do Rio Pardo e Botucaraí, além da limpeza de áreas, análise de solo, terraplanagem e até reforço nas margens. Vale destacar que, para cada hora de maquinário financiada com os R$ 80 mil doados pelo Sinditabaco, outra foi paga pelos produtores.
O projeto também incluiu a recuperação do solo com aveia, azevém e plantio de amoreiras. Soma-se a esses esforços a multiplicação do capim-vetiver nas margens das bacias, com o intuito de proteger a área de novas inundações. Toda a atividade realizada nos últimos meses contou com 15 maquinários pesados e quatro empresas atuando simultaneamente.
Tudo foi ágil e, nesse sentido, vale destacar o papel da Prefeitura de Candelária, que emitiu a licença em tempo recorde: foram 45 dias do pedido à emissão.
Pense que 98% do trabalho foi concluído em pouco mais de sete meses e beneficiou diretamente 167 pequenas propriedades, que hoje semeiam tabaco, milho e soja.
O que, a princípio, era apenas a reconstrução do solo resultou também uma efetiva política de prevenção. Não foi a máquina estatal trabalhando intensamente que resolveu o problema, mas, sim, instituições e pessoas dispostas a fazer a diferença.
A lição que jamais será esquecida: com poucos recursos e muita vontade, não existe barreira que impeça o desenvolvimento do Rio Grande do Sul.
Estou pronto para a próxima mobilização. Vamos juntos?
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