Evidências batendo a porta: o preço do populismo brasileiro

Venho alertando há tempos sobre os riscos dos gastos públicos desenfreados. A irresponsabilidade fiscal tem consequências graves e os sinais estão por toda parte. A mais recente admissão do Governo Federal de que haverá falta de dinheiro em 2027 é apenas a confirmação do que economistas já vêm alertando: estamos diante de um cenário insustentável nas contas públicas.

A origem do problema está na falta de coragem para cortar privilégios e rever despesas. O governo opta por medidas populistas, como a recém-proposta tarifa gratuita de energia para um número ainda maior de beneficiários. O desconto integral na conta de luz para consumidores de até 80 kWh por mês e um novo “desconto social” para famílias com renda de até um salário mínimo por pessoa. É mais uma ação que pode até render aplausos momentâneos, mas que empurra o país para o abismo fiscal.

Enquanto isso, o rombo vai crescendo. A exclusão dos precatórios da revisão de gastos prevista para 2026 é uma bomba-relógio que explodirá no próximo governo. O cenário projetado mostra que faltará dinheiro até para o básico, inclusive em áreas essenciais, como saúde e segurança.

E a farra com o dinheiro público não para por aí. No Rio Grande do Sul, o Tribunal de Justiça avança na criação de 809 novos cargos em comissão (CCs), com custo estimado em R$ 126 milhões por ano. Um escândalo que revela o quanto o Judiciário também está desconectado da realidade econômica do país.

Aqui em Santa Maria, infelizmente, seguimos a mesma linha. No final de março, a Câmara Municipal aprovou a criação de 21 novos CCs. Enquanto isso, nossa cidade enfrenta desafios sérios, como a crise da previdência.

É por isso que entrei para a política, defendendo as bandeiras do Partido Novo: responsabilidade fiscal, eficiência na gestão e respeito ao dinheiro do pagador de impostos. Se quisermos um país mais justo e próspero, não podemos continuar permitindo esse ciclo vicioso de gastos sem controle.

Luiz Roberto Meneghetti
vereador de Santa Maria
pelo Partido Novo