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Faltas na saúde viram arma política em Caxias, Feira do Livro homenageia os 120 anos de Érico Veríssimo, Marina é atacada em audiência do Senado – tudo isso e mais, você lê aqui!

  • Faltas na saúde viram arma política entre Executivo e Legislativo em Caxias

O presidente da Câmara de Vereadores, Lucas Caregnato (PT), lançou nas redes sociais uma nova versão do “faltômetro”: um canal para que a população informe a ausência de profissionais nas unidades de saúde do município. A iniciativa é um contraponto direto ao “faltômetro” divulgado pela Prefeitura, que monitora a ausência de pacientes em consultas agendadas.

A oposição argumenta que as faltas dos pacientes são causadas por fatores externos, como a falta de transporte, que impedem o acesso às unidades. No entanto, a nova ferramenta de Caregnato volta o foco para a carência de médicos, enfermeiros e outros profissionais, que também gera prejuízos significativos ao sistema.

As faltas, tanto de profissionais quanto de pacientes, causam ineficiência no atendimento, sobrecarregam os serviços de emergência e podem agravar quadros de saúde, além de elevar os custos públicos.

A disputa em torno do “faltômetro” revela a tensão entre Executivo e Legislativo na busca por soluções para os problemas crônicos da saúde municipal.

  • Feira do Livro homenageia Erico Verissimo

A 52ª Feira do Livro de Santa Maria, que ocorre de 22 de agosto a 6 de setembro na Praça Saldanha Marinho, homenageará os 120 anos de nascimento de Érico Verissimo com uma identidade visual inspirada na comunicação em seus múltiplos sentidos. A arte foi criada pelo acadêmico Matheus Giardin, sob orientação do professor Roberto Gerhardt, em parceria com o curso de Design da Universidade Franciscana. A proposta visual reflete o espírito da obra de Erico, que atravessa gerações conectando pessoas, paisagens e sentimentos.

Com atividades previstas para escolas, espaços culturais e regiões mais afastadas da cidade, a feira mantém seu compromisso de democratizar o acesso à leitura. Entre os destaques confirmados estão o ator Thiago Lacerda, que interpretou o Capitão Rodrigo na minissérie O Tempo e o Vento, e a escritora Letícia Wierzchowski, autora de A Casa das Sete Mulheres. Ao menos 15 atrações infantis estão programadas no Theatro Treze de Maio, além de uma série de lançamentos e encontros com autores locais e nacionais.

O evento também prestará homenagem ao engenheiro e escritor Athos Miralha, patrono desta edição, e ao artista plástico Juan Amoretti, professor homenageado. “Cada edição da Feira é um capítulo vivo da nossa história com os livros”, resume a secretária de Cultura, Rose Carneiro. As inscrições para lançamentos de obras estarão abertas de 28 de maio a 21 de julho, pelo e-mail oficial da Feira.

  • Sessão com Marina Silva no Senado tem gritos, acusações de sexismo e abandono da ministra

A audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado escancarou a solidão política de Marina Silva (Rede) no governo Lula (PT). Convocada para explicar sua posição contrária à exploração de petróleo na Margem Equatorial, a ministra do Meio Ambiente foi atacada por senadores tanto da oposição quanto da base. Omar Aziz (PSD-AM) a acusou de “falar besteira sem conhecer a região”; Marcos Rogério (PL-RO), presidente da Comissão, afirmou que ela não tinha o apoio nem dos colegas de governo e pediu que se colocasse “no seu lugar”; e Plínio Valério (PSDB-AM), reincidente em agressões, disse respeitá-la “como mulher, mas não como ministra”. Marina deixou a sessão sem respaldo do entorno político imediato.

O episódio cristalizou o desgaste de Marina dentro da Esplanada. O Ibama, ligado à sua pasta, havia negado licença ambiental à Petrobras — posição apoiada por ela, mas criticada pelo Ministério de Minas e Energia e pelo próprio Lula, que chamou os entraves ambientais de “lenga-lenga”. No dia 20 de maio, o Ibama cedeu à pressão e liberou os estudos sísmicos. Mesmo após a reversão, Marina defendeu sua posição ambientalista diante dos senadores, irritando aliados do Planalto e entusiastas da exploração como Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado.

A cena da audiência se tornou ainda mais simbólica pelo silêncio do governo. O líder no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), assistiu calado. Marina recebeu apoio público apenas de Gleisi Hoffmann (PT) e da primeira-dama Janja da Silva. Lula ligou para a ministra, segundo ela própria revelou à imprensa, mas optou por não se manifestar. No Congresso, a pasta do Meio Ambiente tem sido deixada à própria sorte, mesmo com o apelo popular de suas bandeiras — constantemente atropeladas pelos interesses de ministros como Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), articuladores do chamado “novo pré-sal”.

O isolamento atual de Marina repete a história. Em 2008, ela deixou o primeiro governo Lula por falta de apoio às políticas de combate ao desmatamento. Reaproximaram-se em 2022, numa frente ampla contra Bolsonaro, mas as prioridades não se alinharam. Marina continua sendo a voz firme do ambientalismo dentro do governo. Já o Planalto, pressionado por um Congresso instável, aposta no petróleo como pilar de governabilidade. E a promessa de conciliar desenvolvimento com sustentabilidade volta a tropeçar nos corredores da política.

  • Transição na Codeca abre nova fase na gestão municipal

A Prefeitura de Caxias anunciou oficialmente nesta quarta-feira (28) a saída de Maria de Lourdes Fagherazzi do comando da Codeca. A justificativa oficial, vaga, fala em “desafios e necessidades atuais” como motivo da troca. Maria de Lourdes foi convidada a assumir a Secretaria de Gestão e Finanças, mas recusou o convite. O secretário Milton Balbinot, atual titular da pasta, é o nome cotado para assumir a presidência da Codeca, embora ainda não tenha sido oficializado.

A movimentação política já provoca reação na Câmara de Vereadores, especialmente por causa da rejeição que Balbinot enfrenta entre os parlamentares desde o início do mês. No dia 1º de abril, ele foi duramente criticado ao não conseguir explicar cortes orçamentários no município, e vereadores chegaram a pedir sua saída da secretaria.

Nesta quarta, a troca na Codeca foi duramente criticada na tribuna pela vereadora Andressa Marques (PCdoB). O colega de bancada Claudio Libardi não poupou palavras e questionou a intenção do prefeito Adiló:

“Eu pergunto se é uma proposta ou uma ameaça o Milton Balbinot assumir a Codeca”, afirmou, ecoando declarações políticas do passado recente.

A indefinição e o desgaste político ao redor da troca no comando da Codeca revelam um ambiente tenso e sinalizam que a gestão municipal terá dificuldades em aprovar seus próximos passos.

  • Lula é monitorado por equipe médica e trabalha do Alvorada após sintomas de labirintite

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está afastado do Palácio do Planalto nesta terça-feira (27) devido a sintomas de labirintite. Ele está trabalhando no Palácio da Alvorada, medicado e com previsão de recuperação em 24 a 48 horas. Lula cancelou seus compromissos oficiais e foi representado por ministros e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin em eventos realizados hoje.

Na segunda-feira (26), o presidente realizou exames no Hospital Sírio-Libanês, que não indicaram nenhum problema grave. Em dezembro do ano passado, ele passou por cirurgia para drenar uma hemorragia intracraniana decorrente de uma queda, e, em fevereiro, realizou um check-up com resultados considerados satisfatórios. Até o momento, não há previsão de novos boletins médicos ou retorno ao hospital.

  • Eduardo Bolsonaro é investigado por coação, obstrução e atentado à soberania

O Supremo Tribunal Federal (STF) irá investigar o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por três possíveis crimes: coação no curso do processo penal, obstrução de investigação contra organização criminosa e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. O pedido de inquérito foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e aceito pelo ministro Alexandre de Moraes.

Segundo a PGR, Eduardo, que está nos EUA, estaria tentando influenciar o governo americano a impor sanções a autoridades brasileiras, com o objetivo de interferir no julgamento de seu pai, Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado. A conduta pode configurar intimidação e ameaça ao funcionamento da Justiça e atentado à soberania nacional. Em resposta, o deputado chamou a decisão de “injusta e desesperada”.

Reinaldo Guidolin

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