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Ferrovia Norte-Sul: O Trilho Essencial para o Desenvolvimento do Sul do Brasil

Um texto de Neivor Canton, presidente da Aurora Coop, publicado em 10 de julho, destaca de forma incisiva a urgência de repensar a matriz logística do Oeste catarinense e do Brasil como um todo. A dependência quase exclusiva do transporte rodoviário para movimentar milhões de toneladas de milho do Centro-Oeste para as agroindústrias locais, e para escoar a produção, é apresentada como um “fardo” bilionário que compromete a competitividade e a própria sustentabilidade das indústrias da região. A crítica à “insistência do Brasil em ser refém do rodoviarismo” é um ponto central, contrastando a prática nacional com a multimodalidade adotada em países desenvolvidos, que priorizam ferrovias e hidrovias para longas distâncias, resultando em custos significativamente menores.

Como solução, Neivor indica a defesa da Ferrovia Norte-Sul que surge como a principal solução para esse gargalo logístico. Canton aplaude a iniciativa do governador Jorginho Mello em articular a construção dessa ferrovia integrando Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, classificando-a como “estratégica e visionária”. Essa iniciativa é vista como um projeto transformador, capaz de ligar importantes polos de produção e consumo, garantindo o abastecimento de matéria-prima para o parque agroindustrial catarinense e facilitando o escoamento de produtos para grandes centros urbanos e portos. Mais do que um capricho regional, a ferrovia é apresentada como uma “necessidade nacional” para o agronegócio brasileiro, setor responsável por cerca de 25% do PIB.

Além dos benefícios econômicos, o empresário ressalta a importância da ferrovia para a sustentabilidade ambiental. A redução das emissões de CO² e o menor desgaste das rodovias são apontados como ganhos significativos. A “Ferrovia do Frango”, conectando o Oeste catarinense aos portos, é outra frente essencial mencionada, prometendo reduzir os custos de transporte para exportação em até 5%, aumentando a competitividade e abrindo novas oportunidades de negócios. Essa infraestrutura ferroviária é apresentada como um fator crucial para atrair investimentos e garantir a posição do Oeste catarinense como referência na produção de alimentos.

A análise de Canton além de ser um alerta contundente sobre os riscos de manter uma matriz logística arcaica e uma convocação à ação para o futuro, também é um indicativo das parcerias possíveis para implementar uma malha ferroviária que atenda as legítimas expectativas do desenvolvimento de quase 60% do território Gaúcho hoje esquecidas no mapa do investimento em infraestrutura. A mensagem é clara: a Ferrovia Norte-Sul não é apenas uma possibilidade, mas uma necessidade estratégica e uma questão de sobrevivência não apenas para a agroindústria de Santa Catarina, mas para todo o Rio Grande.

Acréscimo do autor: A Aurora Coop, terceiro maior conglomerado de proteína animal do Brasil, teve um faturamento bruto de R$ 24,9 bilhões em 2024 e um lucro de R$ 880 milhões, segundo o Correio Catarinense.

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