Fez o B.O. ou Vai Fingir que Está Tudo Bem?

Chega de passar pano pra bandido. Se você foi vítima de um crime e não fez boletim de ocorrência, você está ajudando o crime a continuar. Simples assim Cada vez que alguém é furtado, ameaçado, agredido ou enganado — e fica calado — o recado que fica é claro: Pode fazer de novo, ninguém vai reagir.

Fazer o boletim de ocorrência é o mínimo. É o primeiro passo. É como dizer: Eu não aceito ser mais uma estatística invisível. E se você acha que “não dá em nada”, então pare de reclamar da violência. Porque não dá mesmo, quando ninguém denuncia. Quando ninguém exige providência. Quando ninguém cobra. Aí o ciclo se repete: o crime cresce, o cidadão se cala, o Estado vira as costas.

Não se engane: segurança pública se faz com presença, mas também com informação. E essa informação começa com o B.O. Se o bairro está perigoso, se o golpe está se espalhando, se o crime está batendo à sua porta, o Estado só vai agir quando enxergar o problema. E se você não registra, ele nem sabe que aconteceu.

Fazer o boletim de ocorrência é um ato de cidadania. É dizer: Eu não me rendo ao crime. É enfrentar o sistema que, muitas vezes, parece mais preocupado com os direitos do marginal do que com os do cidadão de bem. E é exatamente por isso que não podemos calar.

Então, da próxima vez que alguém te disser que “não adianta fazer B.O.”, responda: Não adianta é se esconder, baixar a cabeça e aceitar o caos. Faça o boletim. Mostre que ainda existe gente disposta a lutar. Porque só tem uma coisa pior do que ser vítima: é ser cúmplice por omissão.

Cel. Vargas, Vereador e Tenente-coronel da reserva da Brigada Militar