por Roberta Machado
Ontem li a notícia de que seis filmes de Amácio Mazzaropi estão disponíveis ao público de forma gratuita e online no Banco de Conteúdos Culturais, uma parceria entre a Cinemateca Brasileira e o Museu Mazzaropi, a partir do projeto aprovado em edital da Lei Paulo Gustavo do estado de São Paulo. (http://bcc.cinemateca.org.br/filmes)
Mas o que isso tem a ver com essa coluna?
Vocês já devem ter percebido que nunca trago informações sem uma ligação emocional, talvez pela minha intensidade escorpiana, tudo pra mim sempre está conectado a algo maior. E essa notícia não seria diferente.
Ao ler sobre Mazzaropi, lembrei de quando criança vinha ao RS visitar minhas avós, dos diversos DVD’s em saquinhos (comprados em camelôs) que meu primo tinha em casa e das vezes que sentávamos todos juntos e ríamos do Mazzaropi.
Minha maior memória é da sopa de pedra, do filme “As Aventuras de Pedro Malasartes”, onde Pedro Malasartes cozinhava uma pedra e dizia ser sua única comida, aos poucos, as pessoas, comovidas, iam lhe oferecendo legumes para engrossar o caldo, até que de uma simples pedra, ele faz seu almoço.
O cinema tem esse poder, não só de nos deslocar para dentro de uma cena, como eu disse na última semana, mas também de nos transportar para memórias boas. Nesse caso, pras risadas com minha família, pro abraço carinhoso da minha falecida vó Antônia, pros dias de frio que a sopa da minha mãe era o acalanto, para as noites frias de Alegrete no meio dos anos 2000. E tantas coisas…
E esse poder é o assunto de hoje, a nostalgia. A sensação de saudade que algo nos causa, a vontade de retornar a um momento específico.
Tema tão em alta que, 3 dos 4 filmes em cartaz no maior cinema de Santa Maria são adaptações ou sequências de filmes antigos, “Lilo e Stitch” e “Como Treinar o Seu Dragão” (live-actions: adaptações de animações com atores reais), além de “Jurassic World: Recomeço”. Sem dúvida esse apelo à histórias que o público já conhece e ama dá resultado, a versão live-action de O Rei Leão (2019), por exemplo, rendeu mais de US$ 1,65 bilhão mundialmente e se tornou um dos filmes de maior faturamento da história da Disney.
Perguntei aos meus colegas e no Instagram (@robertabmachado) filmes que dão nostalgia.
E essas serão as dicas de hoje:
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Manuelita (2002) – Youtube
Esse foi o primeiro filme que assisti no cinema, talvez em 2002, lembro até hoje da sensação de encanto com aquela tela gigante na minha frente.
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A.I. – Inteligência Artificial (2001) – Prime Vídeo
Meu irmão lembrou que tínhamos muito medo desse filme, sempre chorávamos juntos, mas sempre nos encantou e seguíamos assistindo.
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American Pie (O primeiro filme está disponível no Prime Vídeo, mas você encontra outros na Netflix e no Max)
Esse ícone, foi comentado aqui na redação, com certeza todos os adolescentes dos anos 2000 assistiram (talvez até escondidos dos pais).
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Branca de Neve (1937) – Disney +
A Bárbara lembrou que assistia a fita VHS repetidamente, quando acabava, rebobinar para rever do início.
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Esqueceram de mim (1990) – Disney +
Pro Reinaldo, esse é um dos poucos filmes que agradava toda a família e eles se reuniam para assistir na época de natal.
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Xuxa Abracadabra (2003) – Youtube
Para Anna, esse filme tem cheiro de pipoca caramelada feita por sua avó.
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Irmão Urso (2003) – Disney +
Como esquecer a música: “Espíritos, nossos ancestrais / Sejam nossos guias”, lembrada por uma seguidora no instagram.
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Toy Story (1995) – Disney +
Esse é indicação do nosso chefinho, Luiz contou que quando criança, a mãe dele alugou o filme na locadora antes de um acampamento em família, foram 15 dias de diárias e um valor gigante no final.
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O Maior Atleta do Mundo (1973) – Acho que esse só procurando pela internet
Minha mãe disse: “Eu olhei várias vezes esse filme, às vezes ficava na janela do cinema pra olhar”. Nessa época, meu tio era lanterninha em um cinema em Porto Alegre e minha mãe assistia aos filmes escondida (Quero fazer um vídeo com ela sobre isso).
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Orgulho e Preconceito (2005) – Prime Vídeo e Apple TV
Minha amiga Ju disse que é nostálgico pra ela, mas não sabe bem o motivo. Acho que é pra muita gente, inclusive pra mim.
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Dirty Dancing – Ritmo Quente (1987) – Prime Vídeo
Pra tia Lê, esse filme lembra sua juventude.
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Se Meu Fusca Falasse (1963) – Youtube
Primeiro filme que meu pai lembra de ter assistido.
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O mais incrível, é como essas lembranças são compartilhadas. Perguntei para várias pessoas e todo mundo lembrou de uma história e contou um momento bom. Pra mim o cinema é isso, compartilhar coisas boas e ter momentos inesquecíveis.
Então hoje convido vocês a reassistirem filmes que te lembrem algo bom, ou assistir alguma dessas indicações.
Pois, como falou o diretor Stanley Kubrick:
“A ideia de que um filme deve ser visto apenas uma vez é uma extensão da nossa concepção tradicional do cinema como entretenimento em vez de arte.”
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Amei o texto e as indicações! Hoje voltei a infância lembrando dos filmes que vi.
Realmente o cinema tem o poder de transportar no tempo.
Bjs.
Ótimo paralelo entre o cinema e as emoções,pois o que seria do cinema sem a emoção que o telespectador atrela a ele?
Adorei relembrar da importância da nostalgia através do texto.
Quantas lembranças ! Amei as indicações tive o prazer de ter assistido todos.