O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta quarta-feira (4) que o foco de gripe aviária (H5N1) identificado em Montenegro (RS) foi controlado. Segundo ele, nenhuma ave morreu nos últimos 14 dias, indicando que o vírus não se espalhou para fora da granja.
Apesar disso, uma nova suspeita da doença está em investigação em uma granja comercial de Teotônia (RS). De acordo com o Ministério da Agricultura, aves apresentaram sintomas ao chegarem a um abatedouro, e amostras foram enviadas para análise laboratorial.
Exportações ainda afetadas
Após o primeiro caso de H5N1 em Montenegro, o Brasil enfrentou restrições comerciais impostas por mais de 30 países. Entre os principais compradores:
- China e União Europeia bloquearam importações de todo o país;
- Japão e Emirados Árabes limitaram a suspensão à cidade de Montenegro;
- Arábia Saudita paralisou as compras de todo o Rio Grande do Sul.
As autoridades brasileiras estão em negociação com os países afetados. A UE já enviou um questionário sanitário, e a China também iniciou diálogo com o Ministério.
O foco em Montenegro foi oficialmente encerrado em 24 de maio. Desde então, o Brasil cumpre um período de vazio sanitário de 28 dias, contados a partir de 22 de maio (data da desinfecção da granja).
Se nenhum novo caso for confirmado até 18 de junho, o país poderá se declarar livre de gripe aviária em granjas comerciais, o que é crucial para retomar as exportações de forma plena. O prazo é essencial para garantir a eliminação do vírus H5N1 no ambiente, evitando riscos à cadeia produtiva da avicultura nacional.








