O Hospital São Roque, referência em saúde para Faxinal do Soturno e região central do Rio Grande do Sul, está dando um passo importante rumo à autossuficiência no fornecimento de oxigênio medicinal, insumo fundamental em atendimentos hospitalares de urgência e internação. A direção da instituição está em processo de elaboração e captação de recursos para a aquisição de uma usina própria de oxigênio, cuja instalação poderá ser realizada em 2025, caso o investimento seja viabilizado.
A proposta surge como resposta direta às dificuldades enfrentadas durante as enchentes históricas de 2024, quando o município ficou isolado por 12 dias, dificultando o transporte e o abastecimento externo de oxigênio. “Nosso principal objetivo é evitar que esse tipo de cenário volte a comprometer o cuidado com os pacientes. O oxigênio é essencial no dia a dia do hospital, e depender de fornecedores externos, especialmente em momentos de crise, nos deixa vulneráveis”, explica o gestor do hospital, Flávio Stona.
Estrutura e tecnologia de ponta
O projeto contempla a instalação de uma usina de oxigênio com tecnologia americana, reconhecida por sua alta produtividade e confiabilidade. Além da usina, o hospital planeja adquirir um equipamento de enchimento de cilindros, que permitirá o armazenamento e a distribuição do oxigênio de forma independente, e um gerador de energia elétrica, para garantir o funcionamento contínuo da estrutura mesmo em casos de queda de energia.
“O conjunto desses equipamentos permitirá que o hospital tenha não apenas autonomia, mas também segurança em todas as etapas do fornecimento de oxigênio. Isso impacta diretamente na qualidade do atendimento prestado à população”, afirma Stona.
Benefícios diretos para a comunidade
Com a usina em funcionamento, o hospital poderá atender com ainda mais agilidade e segurança os pacientes internados, além de fornecer oxigênio também em situações de pós-alta, quando for necessário. “Vamos conseguir atender mais e melhor, com mais estabilidade nos procedimentos e segurança para os profissionais e pacientes”, reforça o gestor.
A proposta também prevê que a capacidade produtiva da usina já esteja dimensionada para acompanhar a expansão física e estrutural do hospital, que passa por melhorias e ampliações. “Pensamos à frente. A demanda tende a aumentar, e a estrutura precisa acompanhar esse crescimento”, complementa.
Desafios para sair do papel
Apesar da importância estratégica do projeto, a maior barreira encontrada até agora é a captação de recursos, já que se trata de um investimento de alto custo. Segundo Stona, o hospital ainda não tem o valor necessário assegurado, e trabalha junto a parceiros e possíveis financiadores para tornar o projeto viável. “É um processo que exige planejamento, articulação e paciência. Mas acreditamos no potencial transformador dessa iniciativa e estamos em busca dos apoios necessários”, afirma.
A previsão é que, caso os recursos sejam obtidos nos próximos meses, a instalação da usina ocorra no ano de 2025.
Comunicação com a comunidade
A direção do Hospital São Roque planeja divulgar oficialmente o projeto e, futuramente, sua implementação por meio das mídias locais e redes sociais. A ideia é manter a comunidade informada sobre os avanços e conquistas da instituição. “Esse é um investimento que também é da comunidade. Trabalhamos para as pessoas, e queremos que elas acompanhem cada passo”, finaliza o gestor.
Enquanto aguarda a concretização do projeto, o hospital segue em constante busca por soluções que ampliem a segurança, a qualidade e a agilidade no atendimento à saúde da população de Faxinal do Soturno e municípios vizinhos. A proposta da usina de oxigênio é mais uma das ações que mostram o compromisso da instituição com um atendimento cada vez mais humano, eficiente e preparado para os desafios do futuro.