O descarte inadequado de resíduos sólidos é um dos principais desafios ambientais enfrentados nas cidades. Em Santa Maria, infelizmente, essa realidade é evidente. A ausência de consciência ambiental, aliada à falta de políticas públicas eficazes, faz com que toneladas de lixo sejam jogadas diariamente de forma incorreta em vias públicas, terrenos baldios e margens de rios e arroios.
Essa prática traz consequências graves para a saúde da população e para o meio ambiente. O solo acaba contaminado por substâncias tóxicas, os mananciais sofrem com a poluição, a qualidade do ar é prejudicada, e a fauna e a flora locais são colocadas em risco. Além disso, o acúmulo de lixo favorece a proliferação de vetores de doenças, como ratos e mosquitos, afetando especialmente as comunidades mais vulneráveis.
Em nosso município, a situação se agrava com o assoreamento de sangas e arroios, causado principalmente pelo descarte de resíduos. Esse processo reduz a profundidade dos cursos d’água, dificulta o escoamento da chuva e contribui para a ocorrência de alagamentos cada vez mais frequentes. A combinação entre degradação ambiental e falta de infraestrutura adequada expõe a população a riscos constantes durante os períodos de maior intensidade de chuvas.
Diante desse cenário, é urgente que adotemos medidas educativas e preventivas. É preciso fortalecer a fiscalização, ampliar os serviços de coleta e investir na destinação correta dos resíduos.
Como vereador, protocolei na Câmara a criação de uma Comissão Especial para averiguar as áreas mais afetadas pelas enchentes em Santa Maria. Essa Comissão tem como principal objetivo realizar visitas in loco às comunidades atingidas, diagnosticando a realidade de cada local e propondo soluções eficazes para enfrentar esse problema crônico.
A responsabilidade pela mudança precisa ser compartilhada entre o poder público e a sociedade. Só assim conseguiremos construir uma cidade mais limpa, segura e sustentável para todos.
