Indústria gaúcha registra crescimento de 3,6% em março e atinge R$ 45,1 bilhões em vendas

A indústria do Rio Grande do Sul registrou em março o melhor desempenho financeiro do ano até agora, com volume de vendas de R$ 45,1 bilhões, um crescimento de 3,6% em relação a fevereiro. No acumulado dos últimos 12 meses, entre abril de 2024 e março de 2025, a alta foi de 2,2%, indicando estabilidade e consistência na atividade industrial do Estado.

No trimestre encerrado em março, a indústria gaúcha cresceu 3,4% ao comparar as vendas de janeiro, fevereiro e março deste ano com o mesmo período de 2024. Porém, houve uma queda de 13,8% em relação ao último trimestre de 2024 (outubro a dezembro), reflexo de uma base de comparação elevada, já que os meses finais do ano passado registraram forte recuperação pós-enchentes.

Os dados fazem parte do Boletim Setorial mais recente da Secretaria da Fazenda (Sefaz), elaborado pela Receita Estadual com base na circulação de mercadorias sujeitas ao ICMS no Estado. O boletim completo está disponível na Revista RS360.

Entre os setores que mais se destacaram, a indústria do tabaco apresentou alta expressiva de 17,9% nas vendas nos últimos 12 meses, o que representa um incremento de R$ 2,7 bilhões. O segmento de eletroeletrônicos também teve desempenho sólido, com crescimento de 14%, somando mais de R$ 1,8 bilhão em vendas. A indústria de combustíveis cresceu 7% no mesmo período.

O investimento em bens de capital na indústria também sinaliza otimismo para os próximos meses. Das 17 áreas analisadas, apenas cinco não apresentaram crescimento. A indústria de combustíveis investiu mais de R$ 380 milhões em máquinas e equipamentos, um aumento de 121%. O setor de papel teve alta de 112% nos aportes, enquanto a indústria metalomecânica registrou o maior volume absoluto, com R$ 4,1 bilhões investidos nos últimos 12 meses.

No comércio, o varejo do Estado movimentou R$ 20,8 bilhões em março, o maior volume do ano, e acumulou crescimento de 6% no último ano. Já o atacado registrou vendas de R$ 18 bilhões no mês e alta de 4,5% no período de 12 meses.