A estreia do documentário “Larissa: O Outro Lado de Anitta” no Netflix EM março deste ano nos oferece uma visão profunda e íntima da vida de uma das maiores popstars do Brasil. Ao expor a dualidade entre Anitta e Larissa, somos convidados a refletir sobre as complexidades que muitas mulheres enfrentam ao equilibrar suas identidades pessoais e profissionais.
Anitta, o nome artístico de Larissa de Macedo Machado, é uma figura poderosa e destemida nos palcos, mas por trás das luzes, Larissa lida com traumas e inseguranças que a acompanham desde a infância. O relato das experiências de bullying e a busca por aceitação revelam feridas emocionais que, muitas vezes, permanecem ocultas na vida pública de uma artista. Essa vulnerabilidade é um tema central que ressoa na vida de muitas mulheres sendo elas empreendedoras ou não , que frequentemente enfrentam a pressão de serem fortes e bem-sucedidas como se a vulnerabilidade do feminino não combinasse com o Sucesso. Diariamente muitas mulheres acordam, engolem imensos NÃO e vestem-se para o mundo dos negócios, para esse mundo onde tudo é colocado na régua das comparações das redes sociais.
O documentário nos mostra que, para Larissa, Anitta é mais do que um alter ego; é um escudo que a protege de suas inseguranças. A dualidade entre as duas personalidades levanta questões profundas sobre a autenticidade e a pressão para atender às expectativas alheias. Larissa expressa sua luta interna ao dizer que “não aguento mais não ter controle de quando vou virar essa pessoa”, o que reflete uma realidade comum para muitas mulheres que sentem a necessidade de se adequar a diferentes papéis, muitas vezes como se ser você mesma não bastasse para ter o sucesso e a vida bem-sucedida que você merece.
A relação de Larissa com sua mãe, Miriam, também destaca a luta por aceitação e a busca por ser quem realmente é. A pressão para se conformar com as expectativas familiares pode ser um fator limitante para muitas mulheres, que se sentem invisíveis ou não valorizadas dentro de seus próprios lares. Essa dinâmica familiar é uma ferida que pode influenciar a autoconfiança e a percepção de valor pessoal, nossa primeira experiencia de relacionamento é com nossa mãe ,e toda a forma como nos relacionamos com as pessoas que estão a nossa volta é determinada por esta relação de como ela foi e de como criança com uma imensa imaturidade emocional eu posso ter sentido essa relação, onde uma situação pequena pelo meu sentir imaturo pode ser o grande vazio que hoje eu carrego e busco preencher nas minhas relações como adulta, não só pessoais como profissionais, um vazio que posso estar tentando preencher com roupas, sapatos, cursos, diplomas, pessoas, redes sociais …
Larissa, ao se abrir sobre sua busca por amor verdadeiro, desafia normas sociais que muitas vezes impõem padrões de relacionamento. Em um mundo onde a fama e o status muitas vezes determinam o valor de uma pessoa, isso nos lembra que a verdadeira felicidade reside em conexões autênticas, independentemente do status social ou profissional do parceiro. Essa mensagem ecoa fortemente no nosso feminino, onde a autenticidade e a construção de relacionamentos genuínos são essenciais para o sucesso, mas que a principal relação deve ser eu comigo mesma ,onde eu não preciso voltar, amar e perdoar o que aconteceu no passado, mas eu escolho dar um lugar para isso, e eu já posso cuidar de mim e me dar colo porque agora eu sou a adulta e adultecer é se libertar das projeções.
No clímax do documentário, Larissa busca paz interna em um retiro no Everest, simbolizando a necessidade de desconectar-se das pressões externas e reavaliar suas prioridades. A reflexão sobre o vazio que muitas vezes acompanha o sucesso é um convite para que todas as mulheres considerem suas próprias jornadas e o que realmente significa ser feliz. “A gente pode ser feliz sem hits”, afirma Larissa, uma mensagem poderosa que ressoa com as lutas e conquistas de muitas, E se hoje você perdesse tudo que incansavelmente ,exaustivamente você conquistou quem você seria ? você ainda seria feliz sendo apenas você? Sem cargos, sem papeis ,sem rótulos.
Finalizando e deixando um convite ,”Larissa: O Outro Lado de Anitta” não é apenas um retrato de uma artista; é um testemunho da complexidade da experiência feminina. Através da vulnerabilidade e da honestidade, o documentário nos encoraja a abraçar nossas imperfeições e a buscar conexões significativas, lembrando que, independentemente das pressões externas, a verdadeira felicidade vem de dentro. Que possamos diante de tantos rótulos, nos conectar com nossa essência, nossas sombras e entender que tudo no mundo é polaridade ( dia e a noite) (o sol e a lua) assim como nós também somos luz e sombra ,dessa forma que possamos nos permitir abraçar mais nossas sombras , nossa imperfeiçoes e enxergar uma oportunidade de crescimento em cada expectativa não alcançada, encontrar nosso próprio caminho para o que nos faz sentir feliz, livre das expectativas e padrões impostos pelos os outros , por que nunca é sobre o outro sempre é sobre nós, mas isso é um papo para uma próxima coluna.
Bjs da Michi Millani.
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