A leishmaniose é uma zoonose que, infelizmente, faz parte da realidade de muitas cidades da nossa região. Transmitida pelo mosquito flebótomo, o famoso “mosquito-palha”, essa doença afeta principalmente os cães, mas também representa um risco à saúde pública. E o cenário é preocupante: enquanto os diagnósticos em animais crescem e recebem cada vez mais atenção, os registros em humanos seguem baixos. Isso nos leva a um questionamento importante: será que estamos diagnosticando mais nos pets do que nas pessoas? Ou será que a doença ainda está passando despercebida nas notificações humanas?
Na medicina veterinária, os avanços no diagnóstico têm sido fundamentais. Hoje, contamos com testes rápidos disponíveis na maioria das clínicas, que servem como triagem inicial. No entanto, o ideal é sempre confirmar o diagnóstico por métodos mais sensíveis e específicos, como o PCR de medula óssea, que aumenta significativamente a confiabilidade dos resultados.
Outro ponto essencial é a notificação dos casos positivos. Mesmo sendo uma doença que muitos já conhecem, a subnotificação ainda é uma realidade. Notificar corretamente é um passo fundamental para que os órgãos de saúde pública possam traçar estratégias de controle mais efetivas.
Além do diagnóstico, a prevenção precisa ser prioridade. O uso regular de coleiras repelentes específicas contra o vetor tem mostrado eficácia na proteção dos animais. Manter o ambiente limpo e reduzir as condições favoráveis à proliferação do mosquito também são atitudes indispensáveis.
Por fim, fica a reflexão: estamos mais preocupados com a saúde dos nossos animais do que com a nossa própria? A vigilância tem sido mais efetiva nos cães, mas a leishmaniose é um problema que afeta a todos. Proteger os pets é proteger a coletividade. E reconhecer isso é um passo importante na luta contra a doença.
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