- Com 2026 no radar, Leite amplia alianças e redesenha secretariado no RS
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), segue promovendo mudanças estratégicas no secretariado estadual como parte de uma reforma administrativa com foco nas eleições de 2026. Após anunciar quatro novos integrantes, Leite se reuniu com o líder do PDT na Assembleia Legislativa para negociar a possível nomeação do deputado Eduardo Loureiro como novo secretário da Cultura.
Se confirmado, o PDT passará a comandar duas secretarias. A reforma inclui nomes do PSDB, PP e MDB, partidos que cogitam uma aliança para apoiar a provável candidatura do vice-governador Gabriel Souza (MDB). A secretaria da Cultura terá papel central nas comemorações dos 400 anos das Missões Jesuíticas, tema caro a Loureiro, natural de Santo Ângelo. A decisão deve sair em breve, apesar da insatisfação de parte do PDT com a demora.
- Fim da reeleição? PEC ganha força no Senado e prevê mudanças nas regras eleitorais
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado teve em sua pauta, nesta terça-feira (08), uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da reeleição para presidente, governadores e prefeitos, instituindo mandatos únicos de cinco anos. A proposta, relatada pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI) e de autoria de Jorge Kajuru (PSB-GO), divide opiniões: tem apoio de líderes do Senado como Davi Alcolumbre e Rodrigo Pacheco, mas enfrenta resistência do presidente Lula e da ministra Gleisi Hoffmann.
A PEC também prevê o aumento do mandato de vereadores e deputados de quatro para cinco anos e de senadores de oito para dez anos, além da unificação das eleições gerais e municipais. A proposta, se aprovada, só entraria em vigor em 2030, não afetando a possibilidade de reeleição de Lula em 2026. A ideia inicial era apresentar três PECs separadas, mas foi unificada para agilizar a tramitação. No entanto, o relator da matéria decidiu pelo adiamento da votação, o que motivou manifestações de apoio e pedidos de esclarecimento sobre as motivações da medida.
- Declarações de Gilvan da Federal geram repulsa e travam projeto de anistia
Durante uma sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara, o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) afirmou por três vezes desejar a morte do presidente Lula. Suas declarações geraram forte reação negativa, inclusive entre parlamentares que não apoiam o governo, reforçando o clima contrário à votação do projeto de anistia aos golpistas de 8 de janeiro.
Gilvan, relator de uma proposta que visava desarmar a segurança presidencial — já aprovada na comissão, mas sem chances no Congresso —, é acusado de alimentar o discurso de ódio enquanto tenta viabilizar medidas que colocariam Lula em risco. A atitude do deputado, ao invés de fortalecer a pauta bolsonarista da anistia, acabou enfraquecendo-a, gerando repulsa e adiando sua tramitação.
- Pedido de desculpas veio após diversas representações contra o parlamentar
Após ser alvo de representações na Polícia Federal, no Conselho de Ética da Câmara e na Procuradoria-Geral da República, o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) reconheceu ter exagerado ao desejar a morte do presidente Lula e pediu desculpas nesta quarta-feira (9). “Eu aprendi com o meu pai que um homem deve reconhecer os seus erros. Um cristão não deve desejar a morte de ninguém, então, eu não desejo a morte de qualquer pessoa, mas continuo entendendo que Luiz Inácio Lula da Silva deveria estar preso e pagar por tudo que ele fez de mal para o nosso País”, afirmou o parlamentar.
- Candidatura de Rui Falcão intensifica crise na sucessão do comando petista
O deputado Rui Falcão (PT-SP) oficializou sua candidatura à presidência do PT, ampliando a divisão interna no partido. Além dele, concorrem Edinho Silva (apoiado por Lula), Valter Pomar e Romênio Pereira. Falcão, que já presidiu o PT entre 2015 e 2017, lança sua campanha em 14 de abril. A corrente majoritária do partido, construindo um Novo Brasil (CNB), está dividida sobre apoiar Edinho, criticado por não eleger sucessor em Araraquara-SP. O racha abre espaço para outras candidaturas, como a de Falcão. A direção do PT teme que a disputa interna aprofunde divisões, sendo obrigatória a realização de plenárias e debates entre os candidatos.
- Lewandowski nega solução mágica e vê PEC como passo inicial contra criminalidade
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre segurança pública é uma tentativa de organizar o setor, servindo como “início da solução”, e não uma medida definitiva. A proposta visa integrar as forças de segurança do país, incluindo as guardas municipais na Constituição e ampliando as competências da PRF. Lewandowski destacou que a PEC não compromete a autonomia dos estados e foi discutida com governadores. A tramitação começará pela Câmara dos Deputados e ainda passará por comissões e votações em dois turnos.








