Foi entre massas estendidas na despensa da avó, salames pendurados e o cheiro de polenta no fogão que a cozinheira Fabiana Saccol aprendeu a amar a cozinha. Anos depois, ao criar a Splendore, marca de culinária artesanal em Santa Maria, ela retomou essas memórias com as mãos na massa, literalmente. Hoje, suas criações alimentam mais do que o corpo: acolhem famílias inteiras ao redor da mesa, como nas suas lembranças de infância.
A trajetória até aqui passou por reviravoltas. Formada em Marketing de Varejo, com especializações em Finanças e Gestão de Projetos, Fabi deixou um cargo público em Curitiba e retornou a Santa Maria em busca de algo que a fizesse sentir viva. “Eu sabia que não queria mais trabalhar para os outros. Precisava construir algo com propósito”, conta.
No início, tentou o comércio de roupas. Mas foi durante a pandemia que se rendeu ao chamado mais antigo: a cozinha. Começou a preparar massas, pães e molhos com técnicas que foi estudando e aprimorando, unindo o saber ancestral da família italiana à prática profissional. “Cozinhar sempre foi algo presente, mas só ali eu entendi que era mais que um gosto. Era um caminho.”
A Splendore nasceu assim: como uma marca que valoriza o afeto, a mesa cheia, os sabores que atravessam gerações. Hoje, Fabiana é especialista em massas e molhos italianos, com receitas que resgatam tradições e, ao mesmo tempo, criam novas memórias. Trabalha com massas frescas, recheadas , fermentação natural e antepastos sempre feitos com insumos de qualidade, preparo artesanal e aquele toque afetivo que a diferencia.
Além disso, atende pedidos personalizados: massas integrais, opções veganas e pratos sob encomenda, respeitando restrições alimentares e preferências dos clientes. “Planejo tudo com muito cuidado. Faço questão de manter um preço justo, porque acredito que comida boa tem que ser acessível”, afirma.
A marca cresceu no boca a boca, participou de feiras locais e conquistou uma clientela fiel, gente que volta porque sabe que ali tem comida com alma. “A Splendore é sobre isso: sentar à mesa, reunir pessoas, compartilhar afeto. Cada prato carrega um pouco da minha história. E saber que ela continua na casa de outras famílias é o que me faz seguir.”













