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Medidas do STF contra Bolsonaro antecipam afastamento e pressionam sucessão para 2026

Por Reinaldo Guidolin

As medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) antecipam um possível afastamento do cenário político, antes esperado apenas ao final do julgamento. Entre as restrições determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes estão a proibição de uso das redes sociais, a restrição de viagens, de se comunicar com o filho (Eduardo) e o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica.

A decisão surpreendeu aliados e reforçou o discurso de perseguição adotado por Bolsonaro, que se posiciona como vítima de uma “suprema perseguição”. Apesar das limitações, o ex-presidente tem buscado unificar sua base política, que se fortaleceu após a imposição da tornozeleira, e mantém presença pública intensa, concedendo diversas entrevistas em diferentes veículos.

No âmbito eleitoral, o grupo político de Bolsonaro começa a discutir possíveis sucessores para a disputa presidencial de 2026. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aparece como uma opção viável, mas membros da família Bolsonaro também são cotados para compor a chapa, especialmente o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que sinaliza interesse na candidatura.

Por outro lado, a possibilidade de inelegibilidade da família Bolsonaro ainda é um tema sensível e pouco debatido diretamente com o ex-presidente. Aliados consideram que o momento não é oportuno para tratar da exclusão do grupo da disputa eleitoral, diante da instabilidade política e do desgaste emocional que tal cenário poderia causar em Bolsonaro.

No Congresso, lideranças do centrão adotam uma postura de cautela, buscando evitar medidas que possam aprofundar a polarização e a crise política. A indefinição em relação ao cenário eleitoral para 2026 aumenta a tensão entre os partidos, que ainda não definiram uma estratégia clara para lidar com a crise desencadeada pelas medidas do STF.

Apesar das restrições, Bolsonaro descarta publicamente a possibilidade de deixar o país, mesmo após a Polícia Federal apreender dinheiro em espécie em sua residência, ação vista pelo STF como indício de possível plano de fuga. O ex-presidente mantém discurso firme contra o tribunal, ampliando sua exposição pública mesmo proibido de usar as redes sociais, o que reforça seu papel como protagonista do debate político atual.

Reinaldo Guidolin

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