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Menos tela, mais conexão: alternativas para afastar crianças do celular e fortalecer os laços familiares

Imagem Ilustrativa

Em um cenário cada vez mais conectado, o fácil acesso das crianças às telas — sejam celulares, tablets ou televisores — tem se tornado comum nos lares brasileiros. Embora a tecnologia ofereça recursos educativos e de entretenimento, o uso excessivo pode afetar o desenvolvimento infantil e a relação entre pais e filhos, aumentando o distanciamento familiar.

Luiza Juchem, fonoaudióloga e doutora em educação pela UFSM, fundou a comunidade Criançando com o objetivo de proporcionar infâncias ricas em experiências para promover adultos mais saudáveis em Santa Maria. A comunidade orienta famílias e instituições, destacando alternativas para o desenvolvimento de crianças e adolescentes na cidade.

Alternativas para diminuir o tempo nas telas

Luiza enfatiza que estabelecer limites saudáveis depende da idade da criança. Para os mais novos, é recomendado dificultar o acesso, mantendo os dispositivos fora do alcance. À medida que compreendem a importância do equilíbrio entre telas e outras atividades, os filhos podem participar na definição do tempo de uso.

É crucial compreender e acolher a resistência das crianças à redução do tempo de tela. “É essencial que a conversa entre pais e filhos aconteça em uma linguagem simples, acessível e sem julgamentos, o diálogo deve partir de uma escuta ativa, aproximando os adultos do universo digital da criança’’, destaca a especialista. Ao invés de ameaças, incentiva-se explorar junto com a criança os benefícios da tecnologia e os malefícios do uso excessivo. Descobrir quais atividades a criança mais gosta de realizar nas telas e explorar alternativas pode ser revelador. Criar uma lista de atividades prazerosas ajuda a visualizar opções saudáveis para ocupar o tempo livre.

Valorizar o tempo compartilhado em casa é uma estratégia eficaz para reduzir a exposição às telas. Além dos cuidados diários e da rotina escolar, reservar momentos para brincar, conversar, cozinhar juntos ou realizar tarefas domésticas fortalece os vínculos familiares. Envolver a criança nessas atividades, respeitando sua idade e autonomia, contribui para o desenvolvimento da autoestima e da responsabilidade.

Atividades extracurriculares, especialmente esportes coletivos, desempenham um papel crucial. Elas facilitam a socialização, promovem habilidades emocionais e reduzem o tempo ocioso diante das telas. O contato com práticas presenciais também estimula o cuidado com os outros e promove hábitos saudáveis, prevenindo comportamentos prejudiciais na adolescência e na vida adulta.

O exemplo dos adultos é fundamental. Práticas como guardar os celulares ao chegar em casa, desligar a TV quando não estiver em uso e explicar o motivo do uso do celular para a criança reforçam o valor do tempo em família.

Tempo em família

Segundo Luiza, é essencial que os pais reconheçam que, mesmo quando os filhos estão muito ligados às telas, eles sentem amor e desejam estar junto dos adultos. Reconhecer o impacto dos pais na vida dos filhos e assumir esse papel com presença e afeto é crucial. Compartilhar memórias da própria infância, demonstrar interesse pelo universo da criança e guiar com base nos valores familiares são maneiras eficazes de fortalecer os vínculos familiares.

Para tornar o tempo em família mais atrativo que o tempo de tela, é necessário criatividade e intenção. Alternar entre atividades de interesse de adultos e crianças, brincar juntos, organizar passeios e convidar amigos para interações em casa são opções. Construir memórias afetivas por meio de ações simples como refeições compartilhadas, leitura antes de dormir, revisitar álbuns de família e resgatar brincadeiras antigas não apenas reduz a dependência das telas, mas também fortalece os laços familiares e cria memórias duradouras.

Atividades que podem ser feitas em casa, sem as telas

🎨Oficina de artes e reciclagem

📚Sessão de leitura em família

🎶Aprender a tocar um instrumento musical

👨‍🍳Cozinhar uma receita nova

🎲Noite de jogos de tabuleiro

Por Maria Francisca

Revisado por Clara Tesche

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