As péssimas condições estruturais da atual sede da Estratégia Saúde da Família (ESF) Santos, localizada no bairro Urlândia, escancaram um problema antigo em algumas unidade de saúde de Santa Maria: o abandono da atenção básica nas periferias da cidade. A precariedade do prédio – que hoje não oferece segurança e estrutura a quem trabalha e a quem busca atendimento – está servindo de justificativa para uma medida ainda mais preocupante: a desativação da unidade e a transferência dos atendimentos para outra ESF do bairro, mas distante da área atualmente atendida.
Durante esta semana, participei de uma reunião com moradores da região atendida pela ESF Santos, agentes comunitários de saúde e o secretário municipal de Saúde, Guilherme Ribas. O encontro deixou evidente a insatisfação da comunidade com a possível transferência dos atendimentos para a ESF Urlândia. A população reconhece as limitações graves da estrutura atual, mas defende – com muita razão – que a unidade não seja simplesmente fechada, e sim realocada para um novo espaço dentro da mesma área territorial.
Na ocasião, foi sugerido ao secretário um pavilhão existente na região, que poderia ser adaptado para receber a nova sede da unidade. A proposta foi bem recebida, e o secretário afirmou que a Secretaria de Saúde irá avaliar a viabilidade do espaço indicado. Esse é um passo inicial, mas é fundamental que o processo avance com transparência e diálogo com a comunidade.
Transferir os atendimentos para outra unidade do bairro, sem considerar a realidade geográfica e social da população atendida, é uma solução inadequada. Significa romper vínculos estabelecidos com os profissionais de saúde, dificultar o acesso a um serviço essencial e sobrecarregar estruturas já pressionadas. A Estratégia Saúde da Família é, por definição, territorializada – e perder esse vínculo com o território enfraquece todo o modelo.
A comunidade está pedindo o básico: manter o serviço público de saúde acessível, próximo e com qualidade. Desativar a unidade é uma resposta simplista a um problema estrutural que exige investimento e planejamento.
A saúde é um direito de todos e todas. E o que está em jogo aqui é muito mais do que a mudança de endereço de um serviço: é o respeito à população da Vila Santos que precisa – e merece – ser ouvida. Não ao fim da ESF Santos. Sim a um novo espaço, dentro da mesma comunidade, com uma melhor estrutura para atender todos os moradores do bairro da melhor forma possível.
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