Por muito tempo, eu acreditei que a advocacia era, acima de tudo, sobre o conflito. Sobre entender o problema, analisar a lei e buscar uma solução jurídica. Mas o tempo e as histórias que vivi me mostraram que a advocacia é, na verdade, sobre cuidado.
Cuidar de pessoas, de sonhos, de vínculos. Cuidar do que é essencial, mesmo quando o essencial não cabe em uma cláusula ou num processo.
Durante anos, atuei no Direito de Família, uma área que me ensinou sobre amor, sobre perdas e sobre recomeços. Cada audiência era um retrato humano, cada cliente, um universo particular.
Ali, aprendi que o papel do advogado vai além de petições e prazos. É um papel de escuta, de empatia e, muitas vezes, de reconstrução.
Vi casamentos terminarem, mas também vi pessoas renascerem. Vi pais e mães descobrindo novas formas de ser família. E foi nesse exercício de humanidade que compreendi o verdadeiro poder do Direito: proteger o que realmente importa.
Mas algo começou a mudar.
Entre uma história e outra, percebi que muitas daquelas famílias que eu ajudava tinham outro elo em comum: um sonho construído com esforço, coragem e propósito, um negócio próprio.
Empresas familiares, pequenos comércios, profissionais autônomos… Pessoas que não só lutavam por seus lares, mas também por seu sustento.
E foi aí que uma pergunta começou a ecoar dentro de mim: Quem cuida juridicamente de quem constrói o próprio futuro?
Percebi que, enquanto muitos buscavam orientação jurídica apenas quando um problema já existia, poucos se preocupavam com a prevenção, com planejar, proteger e estruturar antes que o problema aparecesse.
E, assim, nasceu o desejo de ampliar minha atuação.
Não abandonei o Direito de Família, ele segue sendo parte da minha essência, mas entendi que era hora de crescer, evoluir e expandir o cuidado.
Hoje, minha advocacia vive uma nova fase: o Direito Empresarial e a Consultoria Jurídica para Empresas.
Uma transição natural, que reflete tudo o que acredito: que o Direito deve estar presente não apenas nas crises, mas também nas conquistas.
Agora, além de proteger famílias, dedico-me a proteger negócios, ajudando empreendedores a crescer com segurança jurídica, a se blindar contra riscos, a construir contratos sólidos e a entender que o jurídico não é um custo, é uma estratégia de crescimento.
O Direito Empresarial é como o bastidor do sucesso: o que garante que as ideias floresçam, que as sociedades se mantenham saudáveis e que o trabalho de uma vida não se perca em um detalhe legal esquecido.
Essa nova fase me trouxe de volta a um sentimento antigo: o entusiasmo de começar algo novo, com o mesmo propósito que me move desde o início: proteger o que importa.
Mas agora, esse “importa” tem um significado ainda mais amplo: famílias, empresas, projetos, legados.
Porque, no fim das contas, toda empresa nasce de uma história de amor. Amor pelo que se faz, amor por quem se faz, amor pelo que se deseja construir. E quando entendemos isso, percebemos que o Direito de Família e o Empresarial não estão em lados opostos, eles se completam.
O primeiro protege as relações pessoais. O segundo, as relações que fazem essas pessoas prosperarem. Ambos falam sobre continuidade, estabilidade e futuro.
Nesta coluna, quero te convidar a caminhar comigo por esse novo território: o do planejamento jurídico empresarial.
Vamos falar sobre como prevenir riscos, estruturar contratos, proteger marcas, organizar sociedades e transformar o jurídico em uma vantagem competitiva, com clareza e propósito.
Mas, acima de tudo, quero compartilhar histórias. Histórias de quem aprendeu — às vezes da forma mais difícil — que uma decisão jurídica pode mudar o rumo de um negócio. E de quem entendeu que, quando há base, há liberdade.
Porque o verdadeiro poder do Direito está naquilo que ele evita, nos problemas que nunca chegam, nas perdas que não acontecem, nas histórias que continuam sendo escritas com tranquilidade. Essa é a advocacia que acredito: humana, estratégica e preventiva. A advocacia que protege pessoas, ideias e futuros.
E se você é empresário, empreendedor ou sonhador, te convido a acompanhar esta nova fase comigo. Aqui, toda edição será um encontro entre o mundo jurídico e o cotidiano de quem faz o país girar com trabalho e coragem.
Na próxima coluna, vamos falar sobre um tema essencial, e pouco comentado, que tem destruído pequenas e médias empresas: a ausência de um planejamento jurídico desde o início.
Você vai entender por que, em muitos casos, o problema não está na falta de oportunidade, mas na falta de blindagem.
Nos vemos na próxima edição.
Até lá, lembre-se: proteger é a forma mais inteligente de crescer.
Luciane Kasper
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