Por Estagiária Samara Debiasi
Revisado por Clara Tesche
A Polícia Civil de Porto Alegre concluiu mais seis inquéritos contra o cirurgião plástico Leandro Fuchs, elevando para 11 o número de indiciamentos por lesões causadas a pacientes. O médico, afastado do Hospital Ernesto Dornelles desde janeiro de 2024, ainda responde a outros 76 inquéritos por lesões corporais graves e enfrenta mais de 20 processos judiciais. As investigações apontam que Fuchs permitia que médicos residentes e recém-formados realizassem cirurgias sem a ciência dos pacientes. A Polícia Civil apurou que, de 727 procedimentos, 481 precisaram ser refeitos devido a complicações, incluindo infecções, deformações e sequelas permanentes.
A Justiça proibiu o cirurgião de realizar novas cirurgias, determinou a apreensão de seu passaporte e impôs restrições de deslocamento. Em abril de 2024, ele conseguiu autorização para clinicar, mas continua impedido de operar. O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) mantém sindicâncias em andamento para avaliar a conduta do profissional. Enquanto as investigações seguem, pacientes relatam traumas físicos e emocionais causados pelos procedimentos. Algumas das vítimas tiveram que passar por múltiplas cirurgias corretivas. O caso reacende debates sobre a fiscalização da prática médica e a responsabilidade de hospitais e conselhos profissionais na garantia da segurança dos pacientes.








