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“O Amanhã de Ontem” e “Chibo” são os grandes vencedores do 17º Santa Maria Vídeo e Cinema

Edição: Reinaldo Guidolin

Foto: Alice Pozzobon Rodrigues

Os vencedores da 17ª edição do Santa Maria Vídeo e Cinema (SMVC) foram conhecidos na noite de sábado (1º), em cerimônia realizada no Auditório da Cesma – Cineclube Lanterninha Aurélio. O evento marcou o encerramento de uma semana de exibições e debates, consolidando o festival como um dos principais espaços de difusão do audiovisual no Rio Grande do Sul.

O grande destaque da noite foi o curta-metragem “O Amanhã de Ontem”, de Fabrício Koltermann, vencedor de Melhor Direção, Melhor Roteiro e Melhor Curta da Mostra Santa Maria e Região, entre outros prêmios. Na Mostra Nacional Competitiva, o troféu principal ficou com “Chibo”, de Gabriela Poester e Henrique Lahude, que também recebeu o Prêmio do Júri da Crítica e o troféu Metropolitano RS – Ecossistema Audiovisual.

O júri oficial foi composto pelo cineasta Axel Monsú, o jornalista e presidente da ACCIRS, Daniel Rodrigues, o diretor de fotografia Giovane Rocha, a cineasta e professora Juana Miranda González e a atriz Manuela do Monte. Pela primeira vez, o festival contou com um Júri da Crítica, formado por Daniel Rodrigues e pela jornalista e crítica Bianca Zasso, fortalecendo o diálogo entre a crítica especializada e os realizadores.

Bienal de Cinema de Santa Maria

Durante a cerimônia, o curador e idealizador do SMVC, Luiz Alberto Cassol, anunciou a criação da Bienal de Cinema de Santa Maria, que estreia em 2027. O evento ocorrerá sempre nos anos ímpares, integrando o SMVC à programação e ampliando o espaço de reflexão sobre o audiovisual.

“Queremos que outras artes também permeiem a arte cinematográfica. A Bienal permitirá essa ampliação do olhar e da experiência, oferecendo um espaço maior de encontro e reflexão sobre o cinema em Santa Maria”, destacou Cassol.

A proposta prevê a inclusão de novas linguagens artísticas, como mostras de cartazes, apresentações de dança, música e intervenções cênicas. A Bienal também marca o processo de internacionalização do festival, que nesta edição exibiu uma seleção do cinema cubano e o longa argentino Por tu bien, de Axel Monsú, abrindo caminho para futuras mostras latino-americanas.

Premiação e homenagens

Principais prêmios da Mostra Nacional:

  • Melhor Curta da Mostra Nacional: “Chibo”, de Gabriela Poester e Henrique Lahude.
  • Prêmio do Júri da Crítica (Nacional): “Chibo”, de Gabriela Poester e Henrique Lahude.
  • Melhor Direção: Gabriela Poester e Henrique Lahude, por “Chibo”.
  • Melhor Curta de Ficção: “O que fica de quem vai”, de André Zamith e Vinícius Cerqueira.
  • Melhor Curta Documental: “A Borda da Vida”, de Camila Bauer.

Principais prêmios da Mostra Sinprosm (Santa Maria e Região):

  • Melhor Curta da Mostra Local: “O Amanhã de Ontem”, de Fabrício Koltermann.
  • Prêmio do Júri da Crítica (Local): “O Amanhã de Ontem”, de Fabrício Koltermann.
  • Melhor Direção: Fabrício Koltermann, por “O Amanhã de Ontem”.
  • Melhor Roteiro: Fabrício Koltermann, por “O Amanhã de Ontem”.
  • Melhor Interpretação: Ida Celina, por “O Amanhã de Ontem”.

Entre os prêmios especiais, destacaram-se:

  • Prêmio Clayton Coelho de Direitos Humanos: “O Nome da Vida”, de Amanda Pomar.
  • Prêmio Luiz Roese (Associação de Familiares e Vítimas da Boate Kiss): “A Um Gole da Eternidade”, de Paulo Ricardo e Camila de Moraes.
  • Prêmio Isadora Vianna Costa: “O Céu Invisível”, de Robson Santos Rosa e equipe.
  • Prêmio Cineclube Lanterninha Aurélio: “Correnteza”, de Diego Müller e Pablo Müller.

Além dos troféus concedidos pelo júri técnico e da crítica, várias produções receberam menções honrosas, entre elas “Cartas de Felippe”, de Marcos Borba; “Morada”, de Neli Mombelli; e “O Churras”, de Maurício Canterle.

O Troféu Vento Norte, entregue nas homenagens e premiações, é inspirado na obra eólica da artista Ana Norogrando, instalada no Largo da Locomotiva, junto à Biblioteca Pública Municipal Henrique Bastide. O nome faz referência ao primeiro longa-metragem do Rio Grande do Sul, dirigido por Salomão Scliar em 1951.

Reinaldo Guidolin

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