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O Brasil é maior do que Trump e Bolsonaro, e não ficará refém da extrema-direita! 

O anúncio por Donald Trum, da imposição de uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos na última semana, como represália pelos processos abertos contra Jair Bolsonaro e seus aliados envolvidos na tentativa de golpe que culminou com os atentados a Brasília em 8 de janeiro de 2023, expoe, por um lado, que a sanha intervencionista do governo norte-americano segue mais viva do que nunca, e por outro que, assim como denunciávamos já há algum tempo, a extrema-direita brasileira não tem nada de patriota. Ao articular em conjunto com o governo Trump essa verdadeira chantagem econômica, o clã Bolsonaro deixa evidente que, para salvar a própria pele, não tem nenhum pudor em colocar em risco o emprego de milhares de brasileiras e brasileiros, e a própria economia do país. 

Ao contrário do que a extrema-direita nos EUA e no Brasil imaginava, porém, o tiro saiu pela culatra, e a repercussão negativa do tarifaço tem aumentado cada vez mais, tomando não apenas as redes sociais, com brasileiros enchendo os perfis de Trump com comentários em defesa da nossa soberania nacional, mas também as ruas das principais cidades do país. Prova disso, foi o importante ato que tomou a Avenida Paulista na última quinta-feira (10/07), superando, inclusive, a fracassada manifestação bolsonarista do dia 29 de junho. A reação popular tem mostrado que o Brasil e o povo brasileiro, são muito maiores do que a extrema-direita, e que não aceitaremos intimidação e intervencionismo! 

Mesmo setores que não podem ser classificados como de esquerda ou mesmo “progressistas”, como grandes grupos de mídia, tais quais o Grupo Globo, RBS, Estadão, Folha de São Paulo, entre outros, assim como representantes diretos dos grandes empresários como a FIESP, e mesmo o agronegócio que tem parcela significativa alinhada ao bolsonarismo, têm se manifestado enfaticamente contra a medida e chamando as coisas pelos seus nomes: chantagem e tentativa de interferência no sistema de justiça do Brasil. Evidentemente que muitos desses não possuem necessariamente um apreço pela ideia de soberania nacional, mas já sentem na carne os efeitos da guerra comercial, caso as tarifas sejam mesmo

aplicadas a partir de 1 de agosto. Ou seja, além de ver a opinião pública majoritária corretamente responsabilizá-la pelo ataque do governo norte-americano, a extrema-direita local agora corre o risco de minar parte considerável da sua base de apoio que será atingida em cheio pelas tarifas. Nada indica, por outro lado, que haja qualquer disposição do Supremo Tribunal Federal de ceder às chantagens e dar um passo atrás nas ações contra os golpistas, o que de tão absurdo só faz mesmo sentido na cabeça de seguidores de Steve Bannon e Olavo de Carvalho. 

Embora não haja no horizonte a menor possibilidade de Bolsonaro e os seus cúmplices se livrarem da Justiça por conta das medidas de Trump, a resposta efetiva que o Brasil deveria dar como prova da sua independência, é a prisão imediata de Bolsonaro que mesmo às vésperas de ser condenado, segue atuando por conta própria, ou através de seus filhos, para impedir o trabalho da Justiça. Da mesma forma, apoiamos a iniciativa do nosso partido, o PSOL, que pediu à Procuradoria Geral da República, a prisão de Eduardo Bolsonaro, deputado que tirou licença da Câmara para ir tramar com a extrema-direita norte-americana contra o povo brasileiro. Motivos não faltam para o pai, o filho, e outros cúmplices do golpismo serem finalmente colocados atrás das grades, porém sabemos que para isso a mobilização popular é fundamental. 

Os atos que encheram as ruas em diversas partes do Brasil no dia 10 de julho, tinham inicialmente o mote de luta a denúncia de um Congresso Nacional corrupto e capturado pelo poder econômico, o fim da escala 6×1, taxação dos super riscos e isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, mas rapidamente acrescentaram à pauta, a defesa da soberania nacional e o combate à extrema-direita, hoje simbolizada pelo lema “Sem Anistia”. Historicamente, as grandes transformações e conquistas políticas em nosso país foram gestadas nas ruas, através de muita luta. Nesse caso, não é diferente. Para avançar na prisão dos golpistas e na luta por um Brasil soberano em todos os sentidos, inclusive com vida e trabalho dignos para o seu povo, com uma verdadeira justiça tributária, e uma política econômica que coloque o trabalhador e a trabalhadora e não os banqueiros em primeiro lugar, é preciso seguir ocupando as ruas. O Brasil não ficará refém do intervencionismo de Trump e das chantagens da extrema-direita. Viva o povo brasileiro!

Por: Alice Carvalho

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