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O Custo da Má Gestão: Santa Maria e os Riscos do Crescimento de Gastos em Ano Eleitoral

O aumento expressivo dos gastos públicos em Santa Maria no ano de 2024, justamente em um período eleitoral, levanta sérias preocupações sobre a responsabilidade fiscal da administração municipal. Enquanto o município enfrenta um déficit projetado de R$ 91 milhões para 2025 e precisa recorrer a medidas emergenciais de contenção de recursos públicos, a execução orçamentária do ano passado revela um crescimento significativo das despesas em setores estratégicos. o que nos coloca em dúvida se houve um direcionamento político-eleitoral dos recursos.

De acordo com o Relatório Resumido de Execução Orçamentária de 2024, houve um crescimento de 33% nas despesas totais, o maior aumento nos últimos quatro anos. Áreas como urbanismo (+85%) e cultura (+553%) receberam montantes muito superiores ao inicialmente previsto. O crescimento desses investimentos, embora possa ser justificado por demandas da população, ocorre em um contexto em que o município já apresentava sinais de fragilidade fiscal

Agora, em 2025, a conta dessa expansão descontrolada começa a chegar. O governo do prefeito Rodrigo Décimo anunciou um decreto com bloqueio de 50% dos recursos das secretarias municipais, corte de gastos, suspensão de novas nomeações de servidores e restrição a contratações e benefícios. Tais medidas revelam que a expansão do orçamento de 2024 não teve base sustentável e que, após a corrida eleitoral, a população é quem pagará a conta.. 

Com um orçamento de R$ 1,4 bilhão em 2025, a cidade já inicia o ano com restrições severas de gastos e previsão de colapso em setores essenciais caso novas medidas de contenção não sejam adotadas. A população, que em 2024 viu grandes investimentos sendo realizados, agora enfrenta a falta de recursos para manutenção desses serviços.

Por isso, defendemos uma gestão fiscal que priorize o bem comum, garantindo que os recursos públicos sejam aplicados de forma sustentável e socialmente justa. Não podemos permitir que a população pague a conta de gestões irresponsáveis que tratam o orçamento municipal como ferramenta de autopromoção política. A verdadeira administração pública deve ser transparente, responsável e voltada para reduzir desigualdades, fortalecendo os serviços essenciais e garantindo dignidade para todos os cidadãos de Santa Maria.

A pergunta que fica é: os gastos de 2024 foram realmente necessários e planejados para o benefício da população ou apenas uma estratégia para garantir votos? Se a resposta for a segunda, Santa Maria estará pagando um preço alto pela irresponsabilidade fiscal de sua administração municipal.

Redação enFoco

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