Em Santa Maria, o transporte público é mais que um meio de locomoção, é um testemunho silencioso do abandono. Quem depende dos ônibus na cidade conhece bem a rotina de esperas intermináveis, veículos superlotados e o desgaste que vai além das rodas e motores. É um ataque a dignidade de quem precisa deles para trabalhar, estudar ou simplesmente viver.
A imagem revoltante de passageiros segurando a porta de um ônibus que se desprendeu, como se fossem vigilantes de um equipamento que deveria ser seguro, não é mero acidente. É o símbolo de um sistema sucateado. Muitos deles circulam com defeitos crônicos: assentos quebrados, janelas emperradas, e agora, portas que cedem ao cansaço do metal.
O cenário é agravado pela redução drástica no número de passageiros, já que quem pode fugir, foge. Quem fica, paga caro por um serviço que definha. O reajuste de julho de 2025 elevou a tarifa em dinheiro para R$ 6,50, a segunda maior entre as grandes cidades gaúchas .
Enquanto isso, as paradas de ônibus espelham o abandono: faltam coberturas, bancos e placas . Em bairros como Nova Santa Marta e Pinheiro Machado, passageiros aguardam sob chuva ou sol, em pontos que mais parecem terrenos baldios.
Tudo isso acontecendo com o subsídio explodindo de R$ 6 milhões em 2023 para R$ 20 milhões em 2024.
Santa Maria é uma cidade universitária, mas seu transporte parece esquecer que carrega “futuros”. É uma frota que envelhece sem honra.
O que resta é a revolta que explode nas paradas, nos corredores dos ônibus e nas redes sociais. Passageiros viram técnicos de emergência, segurando portas que os responsáveis não consertam. É uma metáfora cruel: o povo sustenta o sistema que deveria sustentá-lo.
Até quando?
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