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Paralisação de motoristas e cobradores, Feirão de Empregos no CDM, Márcia Lopes assume o Ministério das Mulheres – tudo isso e mais, você lê aqui!

  • Paralisação dos ônibus: a crise do transporte em Santa Maria

Após mais de quatro horas de paralisação, motoristas e cobradores da Expresso Medianeira voltaram ao trabalho, mas o impasse sobre o reajuste salarial de 10% continua. A categoria cobra o aumento por perdas salariais durante a pandemia e pela inflação, enquanto a ATU aponta a falta de repasses da prefeitura como impeditivo. Por sua vez, o Executivo municipal defende que a questão do reajuste deve ser resolvida entre empresas e sindicatos, sem a necessidade de subsídio.

O impasse revela a fragilidade do sistema de transporte coletivo de Santa Maria, que corre o risco de paralisar novamente caso a situação não seja resolvida. A prefeitura afirma que o subsídio só será analisado no próximo quadrimestre, enquanto os passageiros continuam sendo os mais afetados pela falta de um acordo entre as partes. A questão está clara: o custo da falta de entendimento recai diretamente sobre os cidadãos.

  • Feirão de empregos acontece nesta terça no CDM

O Feirão de Empregos, promovido pelo programa Emprega Santa Maria, oferece mais de 100 vagas e acontece nesta terça-feira (6), das 8h às 15h, no Centro Desportivo Municipal (CDM). O evento conta com a participação de mais de 15 empresas parceiras, que estarão com suas equipes de recursos humanos realizando entrevistas e até contratando candidatos no local. As vagas são variadas e incluem oportunidades para candidatos PCD, além de contar com uma equipe para ajudar na elaboração de currículos gratuitos.

O evento tem como objetivo ajudar na redução da vulnerabilidade social, oferecendo não apenas vagas de emprego, mas também cursos gratuitos para qualificação. Durante o Feirão, os participantes poderão assistir a uma palestra motivacional com a psicóloga Etiene Azevedo da Silva. Entre as empresas presentes estão Agrimec, Atacadão, Beltrame Supermercados, Coca-Cola, FEMSA, Frigorífico Silva, e outras. Para participar, é necessário levar RG e CPF.

  • Márcia Lopes assume Ministério das Mulheres

Mais uma troca na Esplanada. Menos por projeto, mais por pressão. Cida Gonçalves foi demitida do Ministério das Mulheres em meio a denúncias de assédio moral, apesar de o governo evitar associar sua saída ao caso. Lula nomeia Márcia Lopes e mantém o esforço de reposicionar peças num tabuleiro cada vez mais instável.

Márcia, que foi ministra do Desenvolvimento Social no fim do segundo mandato de Lula, retorna ao primeiro escalão com o selo da confiança política e familiar — é irmã de Gilberto Carvalho, nome histórico do PT. Sua chegada ocorre no rastro de um desgaste crescente do governo, que tenta se proteger da erosão de imagem provocada por escândalos, investigações e pressões internas.

Cida não caiu sozinha. É só mais um nome na lista. Em pouco mais de um ano, já passaram pela mesma porta Juscelino Filho, Carlos Lupi, Daniela Carneiro, Nísia Trindade, G. Dias e outros. Todos saíram empurrados por denúncias, crises ou acordos de bastidor. E todos foram substituídos sob a narrativa da “governabilidade”.

O ministério de Lula virou uma coleção de puxadinhos — alguns erguidos às pressas para conter vazamentos políticos; outros, entregues como moeda de troca para ampliar a base no Congresso. A tal “reforma ministerial”, vendida como realinhamento estratégico, virou sinônimo de gestão de danos.

A lógica que prevalece é a da sobrevivência: preservar apoios, conter repercussões negativas, afastar figuras tóxicas antes que contaminem mais o governo. Não há clareza de direção, tampouco compromisso com coerência programática. A dança das cadeiras serve menos ao país e mais à sustentação de um governo acuado por dentro e pressionado por fora.

Ministros que caíram (exonerados, demitidos ou forçados a sair):

  • Cida Gonçalves (Mulheres) – denúncias de assédio moral.
  • Juscelino Filho (Comunicações) – denunciado pela PGR por desvio de emendas.
  • Carlos Lupi (Previdência) – desgaste com escândalo dos descontos associativos do INSS.
  • Daniela Carneiro (Turismo) – ligação com milícias na Baixada Fluminense.
  • G. Dias (Marco Edson Gonçalves Dias) (GSI) – imagens do 8 de janeiro.
  • Nísia Trindade (Saúde) – substituída por Padilha em rearranjo político.

Outros casos relevantes de remanejamento ou realocação forçada:

  • Paulo Pimenta (Secom) – substituído por Sidônio Palmeira.
  • Flávio Dino (Justiça) – saiu para o STF, substituído por Lewandowski.
  • Ana Moser (Esporte) – substituída por André Fufuca (centrão).
  • Márcio França (Portos e Aeroportos) – deslocado para o novo ministério de Microempresa; pasta foi para Silvio Costa Filho.
  • Alexandre Padilha – saiu da Secretaria de Relações Institucionais para o Ministério da Saúde.
  • Gleisi Hoffmann – entrou no lugar de Padilha, na articulação política.

  • Gleisi recusa conciliação com Gayer proposta pela PGR

A ministra das Relações Institucionais recusou a audiência de conciliação proposta pela PGR com o deputado Gustavo Gayer (PL-GO), aquele que acha que gritar contra mulher rende likes. Gleisi foi à Justiça após declarações ofensivas do parlamentar, enquadradas como violência política de gênero. A defesa da ministra classificou a possibilidade de conciliação como “remota, senão inexistente”. E tem razão.

Gayer, que integra a ala mais barulhenta da extrema direita no Congresso, é reincidente no tipo de discurso que transforma o Parlamento em um ringue. A suposta mediação sugerida pela Procuradoria, nesses casos, serve apenas para cumprir os ritos legais antes de seguir com o processo. Gleisi quer condenação e reparação: R$ 30 mil por danos morais.

  • Justiça do RJ condena Marco Feliciano a indenizar mãe de Cazuza por danos morais

O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) foi condenado a pagar R$ 80 mil de indenização por danos morais a Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, por publicações consideradas homofóbicas em 2017. Os vídeos, que utilizavam imagens, músicas e letras do cantor, atacavam sua honra e a comunidade LGBT, contrariando seus ideais. Feliciano alegou que suas postagens refletiam a opinião de seus eleitores e estavam protegidas pela imunidade parlamentar, mas a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) foi unânime em rejeitar o recurso, afirmando que a atitude do deputado ultrapassou os limites de sua atividade parlamentar. A assessoria de Feliciano informou que recorrerá da decisão.

  • Polêmica na Câmara: Rogério Correia pede investigação e apreensão de armas de Delegado Caveira

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) solicitou à Câmara dos Deputados a busca e apreensão de armas de fogo do deputado Delegado Caveira (PL-PA), após uma foto que circulou nas redes sociais mostrar Caveira e o vereador Zezinho Lima (PL-PA) exibindo um fuzil e uma pistola no gabinete de Caveira. A representação de Correia destaca que as armas foram exibidas sem autorização da Polícia Legislativa, em violação ao Regimento Interno da Câmara, que proíbe o porte de armas nas dependências do Legislativo. Correia pede ainda a apuração pelo Conselho de Ética e pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Caveira, por sua vez, defende que conhece a legislação sobre porte de armas. Ex-delegado e com experiência militar, Caveira é autor de um projeto de lei que proíbe o uso de armas de fogo por agentes da segurança do presidente e ministros.

  • Declaração de Jerônimo Rodrigues provoca pedido de impeachment na Assembleia Legislativa da Bahia

O deputado estadual Leandro de Jesus (PL-BA) protocolou um pedido de impeachment contra o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT-BA), após uma declaração do governador durante um discurso em João Dourado, no dia 2 de maio. Jerônimo sugeriu que eleitores de Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente fossem “levados para a vala” por meio de uma metáfora que envolvia uma retroescavadeira. O deputado argumentou que a fala do governador incitou violência e violação dos direitos humanos, configurando crimes de responsabilidade e atentando contra a ordem democrática. Jerônimo, por sua vez, afirmou que sua fala foi descontextualizada e pediu desculpas, esclarecendo que não teve intenção de incitar mortes ou violência, e lamentou o uso de um termo pejorativo.

Reinaldo Guidolin

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