Há mais de 700 dias, o povo palestino enfrenta um verdadeiro massacre na Faixa de Gaza. Massacre esse, executado pelo Exército Israelense e o governo de Benjamin Netanyahu, com a cumplicidade do governo Donald Trump, dos Estados Unidos.
São dezenas de milhares de mulheres, crianças e idosos que têm padecido, seja pelo poder de fogo do Estado de Israel, seja pela fome, agravada pelas barreiras impostas à chegada de ajuda humanitária. Muitas dessas vítimas, inclusive, como já vimos repetidas vezes em páginas na internet ou pela televisão, são assassinadas a sangue frio, justamente quando iam em busca de alimento, artigo cada vez mais raro naquele lugar. Somente entre os últimos dias 25 e 26 de agosto, pelo menos 10 pessoas morreram devido à fome e à desnutrição, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Duas dentre elas, eram crianças.
Até mesmo lideranças internacionais que há pouco tempo atrás permaneciam caladas diante da tragédia humanitária em Gaza, começam a pressionar pelo fim dessa guerra injusta, anunciando inclusive o reconhecimento do Estado Palestino como forma de retaliação. É o caso, por exemplo, dos governos da Inglaterra, da França e do Canadá. Enquanto isso, o governo israelense, como um legítimo expoente da extrema-direita mundial, deixa de lado a diplomacia e parte para a disseminação de fake news e a agressão aos países que, mesmo que timidamente, erguem a voz contra a barbárie em curso. Isso explica, por exemplo, os ataques ao Brasil, e a tentativa de vinculação do governo Brasileiro ao Hamas, simplesmente por reconhecer que o que ocorre hoje em Gaza, é um genocídio!
Isso, é o que dizem, inclusive, organizações humanitárias de Israel, que condenam veementemente a política levada a cabo pelo governo do seu próprio país.
Nas últimas semanas, centenas de milhares de israelenses foram às ruas exigir um cessar-fogo imediato, uma política que ponha fim à guerra, e contra o
plano de ocupar todo o território da Faixa de Gaza. Trabalhadoras e trabalhadores israelenses chegaram a deflagrar uma greve geral para pressionar o governo.
Ao que tudo indica, porém, Netanyahu pretende seguir com a sua carnificina, que na última segunda-feira resultou em um ataque a mais um Hospital de Gaza, deixando dezenas de mortos e feridos civis, inclusive cinco jornalistas estrangeiros que trabalhavam justamente para abrir os olhos do mundo para o que acontece por lá.
Grandes órgãos da imprensa internacional, diga-se de passagem, como o jornal inglês The Guardian, têm afirmado que dados do próprio Exército Israelense, dão conta de que oito em cada dez assassinados em Gaza, são civis. Ou seja, mais de 80 por cento das palestinas e dos palestinos que têm morrido ao longo desses mais de 700 dias, não eram lideranças ou membros do Hamas ou de outros grupos que o governo de Israel afirma combater, mas homens, mulheres, crianças e idosos comuns, que tiveram as suas vidas covardemente ceifadas.
Mais do que nunca, portanto, é momento de nos mantermos em alerta e aumentarmos ainda mais as nossas vozes na denúncia ao genocídio, e em solidariedade ao povo da Palestina. Nós, que temos um compromisso inarredável com a defesa dos direitos humanos, da soberania e da autodeterminação dos povos, reafirmamos nosso compromisso com o direito do povo Palestino a um Estado autonomo e soberano, e sobretudo, à vida.
No último sábado, nosso mandato esteve presente no ato em solidariedade ao povo palestino, organizado pelo Comitê Palestina Livre de Santa Maria, grupo composto pela comunidade palestina local e por partidos, coletivos, sindicatos e ativistas da cidade. Chamar a atenção da opinião pública para o que ocorre hoje em Gaza, é um passo fundamental para despertar a indignação e conquistar novos aliados na luta contra o genocídio levado a cabo pelo governo israelense.
Todo apoio ao Povo Palestino!
Palestina Livre, do Rio ao Mar!
O governo brasileiro precisa romper as relações políticas e econômicas com o Estado de Israel!
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