- Prefeito de Viamão é condenado por divulgar áudios íntimos de ex-companheira
O prefeito de Viamão (RS), Rafael Bortoletti (PSDB), foi condenado por divulgar áudios íntimos de uma mulher com quem teve um relacionamento e por tentar coagir testemunhas durante a investigação. O primeiro crime ocorreu em 2019, quando ele reproduziu os áudios com conteúdo sexual durante uma festa com aliados políticos. Segundo o Ministério Público, o ato foi motivado por vingança política envolvendo o ex-marido da vítima. Já o segundo crime envolveu tentativas de suborno para que testemunhas negassem os fatos à polícia.
A Justiça rejeitou os argumentos da defesa e concluiu que tanto a vítima quanto o réu reconheceram os áudios. Bortoletti foi condenado a 9 anos, 1 mês e 22 dias de reclusão em regime inicial fechado, além de 80 dias-multa e pagamento de R$ 50 mil por danos morais à vítima. Apesar da gravidade dos crimes, ele poderá recorrer da decisão em liberdade.
A defesa do prefeito, representada pelo advogado Adler Braum, afirmou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Segundo nota divulgada, o Ministério Público inicialmente havia recomendado o arquivamento do caso, e a sentença teria desconsiderado argumentos técnicos da acusação e da defesa. Bortoletti, ainda segundo a nota, mantém “serenidade” e “confiança na Justiça”.
- Governador do RS pode deixar o PSDB em maio para se filiar ao PSD
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, deve deixar o PSDB para se filiar ao PSD, com a data de mudança possivelmente marcada para 6 de maio. Apesar de ainda não confirmar oficialmente a decisão, Leite admite que o caminho para o PSD é provável, diante do enfraquecimento do PSDB em nível nacional e da falta de avanços em articulações de fusão com partidos como Podemos e Republicanos. As negociações com essas siglas esfriaram, especialmente por entraves políticos envolvendo lideranças como Aécio Neves. Caso o PSDB não defina um rumo estratégico, Leite pode seguir o exemplo da governadora de Pernambuco Raquel Lyra (PSD-PE) e ser mais um governador a deixar o partido.
Leite afirma que sua decisão está diretamente ligada ao futuro do PSDB, destacando que o partido precisa encontrar um caminho viável para sobreviver politicamente. Enquanto aguarda definições, ele mantém diálogo com lideranças de outras siglas, como MDB, PSD, Republicanos e Podemos, deixando em aberto a possibilidade de uma candidatura ao Senado caso o projeto presidencial não avance.
- Governo quer evitar anistia no Congresso e propõe ao STF revisão das penas de 8/1
O governo Lula é contra a proposta de anistia via Congresso para os condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro. Em vez disso, defende uma solução conduzida diretamente pelo STF, com revisão da dosimetria das penas. Segundo o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), essa via evitaria uma crise institucional e permitiria punições mais brandas sem confronto entre os Poderes. A oposição apresentou um projeto de anistia, mas o governo atua para convencer sua base a retirar o apoio à proposta, alinhando-se à posição também defendida pelo líder do governo no Senado, Jacques Wagner, que fala em um “caminho do meio”.
- Prefeitura de SP desafia STF e articula PEC para oficializar Polícia Municipal
Após o STF, por decisão do ministro Flávio Dino, manter o veto à mudança de nome da Guarda Civil Metropolitana para Polícia Municipal em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) busca apoio no Congresso para reverter a decisão via Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Ele defende a PEC 57/2023, que permite aos municípios criarem polícias municipais com funções de policiamento preventivo e comunitário. Apesar disso, Nunes critica outra proposta em debate, liderada pelo Ministério da Justiça, por considerar que ela amplia o controle da Polícia Federal sobre outras corporações. Políticos ligados à segurança pública apoiam a iniciativa de Nunes, argumentando que ela reconhece formalmente funções que já são exercidas. O Sindicato dos Delegados de SP, no entanto, adotou postura mais cautelosa, apontando que o tema cabe à Justiça e aos municípios.
- Indiciamento de Bruno Henrique acirra discussão sobre manipulação de apostas no STF
O indiciamento de Bruno Henrique, jogador do Flamengo, por fraude em uma partida de 2023 reacendeu o debate sobre as apostas esportivas no Supremo Tribunal Federal (STF), que possui uma ação pendente sobre o tema. A Polícia Federal concluiu que o atleta forçou o recebimento de um cartão em um jogo contra o Santos para beneficiar apostadores, com base em conversas que indicam intenção de manipulação. O STF, com relatoria do ministro Luiz Fux, deve analisar o caso ainda neste semestre. O ministro Flávio Dino, que já se posicionou contra as apostas em eventos envolvendo um único atleta, considera que isso facilita fraudes e prejudica os consumidores, reforçando a necessidade de regulamentações mais rígidas sobre o tema.
- Tensão no PL: Lorenzoni Reclama de Exclusão em Lançamento de Campanha
Rodrigo Lorenzoni, líder da bancada do PL na Assembleia, criticou dirigentes do partido nas redes sociais após não ser convidado para o lançamento de uma campanha de filiação organizada pelo PL de Porto Alegre. Em seu post, Lorenzoni questionou a capacidade de liderança daqueles que não conseguem unir seus próprios membros e alertou sobre a diferença entre discurso e prática. Ele encaminhou um ofício ao presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, e ao presidente do PL de Porto Alegre, Luciano Zucco, pedindo esclarecimentos. Lorenzoni afirmou que o episódio é apenas o mais recente de uma série de acontecimentos que podem prejudicar a unidade do partido e seus planos para 2026. O deputado federal Bibo Nunes também não foi informado sobre a campanha.
- Ameaças e intolerância: vereadora Natasha Ferreira denuncia violência política em Porto Alegre
A vereadora Natasha Ferreira, líder do PT na Câmara de Porto Alegre, registrou um boletim de ocorrência após receber ameaças de morte por meio de ligações telefônicas ao seu gabinete. As mensagens continham ameaças à sua integridade física, além de ataques transfóbicos e políticos. Natasha declarou que a violência é inaceitável e ressaltou a luta por direitos, especialmente para travestis ocuparem espaços institucionais. Ela recebeu apoio de várias entidades e estuda medidas para aumentar a segurança de sua equipe e do gabinete.
