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Previdência agrava situação financeira em SM, bicicletas públicas em Passo Fundo, Fundo Municipal de Segurança em Caxias – tudo isso e mais, você lê aqui!

  • Previdência pressiona orçamento em Santa Maria

Pressionado pelo rombo previdenciário e de olho em uma certidão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que hoje não tem, o governo Rodrigo Decimo (PSDB) foi além nas medidas de contenção de despesas. Um novo decreto, publicado na última terça-feira (29), revoga o anterior, editado em março e já considerado rigoroso, e impõe um freio ainda mais severo na máquina pública. A tesoura agora atinge não só nomeações e contratos, mas também reajustes ao funcionalismo, horas extras, diárias, aquisição de materiais e realização de concursos.

O argumento é conhecido, mas ganhou cifras mais alarmantes, para se ter ideia só entre junho e julho, a prefeitura precisou desembolsar R$ 21 milhões em recursos livres para bancar salários de aposentados. Em 2024, o aporte total chegou a R$ 130 milhões para cobrir o déficit, e as projeções para 2025 apontam um aporte de R$ 180 milhões, segundo cálculo atuarial. “A situação se agravou”, reconheceu o prefeito. E agravou mesmo: sem mexer com firmeza na estrutura de gastos, o município corre o risco de fechar o ano no vermelho, ou pior, de não conseguir autorização para contratar financiamentos de R$ 194 milhões previstos para obras e investimentos.

A urgência da tesourada também atende a um critério técnico, mas com óbvia implicação política. Para obter a certidão do TCE que viabiliza operações de crédito, o Executivo precisa reequilibrar a relação entre receita e despesa corrente. Hoje, a conta não fecha. E não fecha, principalmente, por conta do déficit da Previdência. Por isso, além dos cortes administrativos, a prefeitura prepara uma reforma no regime próprio, que será enviada à Câmara até setembro. A ideia é criar margem fiscal já para este ano.

Apesar do discurso de que áreas essenciais como saúde, educação e assistência social não serão atingidas, o impacto deve se espalhar por outras pastas. Contratos de aluguel e locação de veículos, por exemplo, estão suspensos por 90 dias. Já setores que dependem de gratificações ou reforço de pessoal devem sentir o baque na prática. Por ora, o pagamento de salários segue garantido. Mas a realidade das finanças municipais impõe uma travessia de contenção.

  • Bicicletas públicas ganham espaço e viram hábito em Passo Fundo

Foto: Eduarda Costa / Agencia RBS

Em apenas sete meses de 2025, os usuários das bicicletas compartilhadas de Passo Fundo pedalaram o equivalente a uma volta completa ao redor da Terra — foram 43,5 mil quilômetros rodados entre janeiro e julho. O número representa 8,5 mil passeios, com tempo médio de 25 minutos, e mostra que o sistema gratuito de bikes já faz parte da rotina urbana. Ao todo, são mais de 12,9 mil usuários ativos, segundo a empresa responsável pelo serviço, a Mohbis.

Mesmo com o uso expressivo, o número ainda está abaixo dos primeiros seis meses de retomada do serviço, entre julho e dezembro de 2023, quando os ciclistas chegaram a percorrer quase 96 mil quilômetros. O frio explica parte da queda, mas a expectativa é de que a demanda volte a crescer nos próximos meses.

  • Câmara de Caxias aprova fundo de segurança (Funseg)

A Câmara de Caxias aprovou nesta quinta-feira (31) a criação do Fundo Municipal de Segurança Pública (Funseg), que prevê recursos para a Guarda Municipal, Defesa Civil e ações de proteção social. O fundo também poderá receber investimentos privados, permitindo a compra de equipamentos e a capacitação de profissionais da área.

Embora o projeto tenha sido encaminhado pelo Executivo, o vereador Bortola (PP) deixou claro que o trâmite só avançou graças à articulação do chefe da Casa Civil, Roneide Dornelles, e do secretário adjunto de Segurança, coronel Luiz Carlos Neves Soares Junior. Segundo ele, o titular da pasta, Paulo Rosa, teria deixado a proposta parada se não fosse a atuação dos dois colegas.

  • Castramóvel em Caxias trava, e município busca plano B

O Castramóvel de Caxias segue parado, mas o vai e vem de articulações continua. Depois da desistência das ONGs que alegaram inviabilidade financeira no modelo proposto, o município agora mira uma nova parceria com o Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG). A reunião desta semana foi puxada pelo secretário do Meio Ambiente, Ronaldo Boniatti, com articulação do vereador Pedro Rodrigues (PL). A FSG, aliás, já havia sinalizado interesse antes mesmo da abertura do chamamento às entidades. O objetivo é ambicioso: mil castrações por mês para enfrentar o abandono de aproximadamente 18 mil animais na cidade.

  • Samae fora da conta

O prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico (PSDB), afirmou que o município não tem interesse em participar do estudo contratado pelo governo do Estado para avaliar a concessão dos serviços de água e esgoto em cidades não atendidas pela Corsan. Segundo ele, a prefeitura não foi comunicada oficialmente sobre a iniciativa e o Samae é uma “empresa eficiente e capitalizada”, capaz de cumprir as metas do marco legal do saneamento até 2033.

Essa não é a primeira vez que o prefeito manifesta resistência à ideia de concessão. Em evento recente na represa Maestra, ele já havia sinalizado posição semelhante. Com caixa superior a R$ 400 milhões e índices de atendimento acima da média nacional, o Samae sustenta que tem condições de manter os investimentos com recursos próprios. A Secretaria da Reconstrução Gaúcha, por sua vez, afirma que o estudo busca avaliar se municípios maiores podem contribuir para viabilizar serviços em cidades menores, mas ainda não há definição sobre Caxias.

  • Mostra retrata futuros de Passo Fundo com tecnologia e arte

Como será o futuro de Passo Fundo? É essa provocação que move a exposição “IA Passo Fundo”, que estreia na próxima terça-feira (5) no Teatro Múcio de Castro. A mostra propõe uma viagem visual entre o presente e possíveis futuros da cidade, usando inteligência artificial para recriar a paisagem dos principais pontos turísticos em cenários ecofuturistas e pós-apocalípticos. O projeto é assinado pelo fotógrafo Diogo Zanatta e pelo artista visual Omar Freitas Junior.

A proposta mistura arte, tecnologia e debate público, convidando a refletir sobre os rumos que a cidade pode tomar, ou evitar. A abertura contará com bate-papo entre especialistas de áreas como arquitetura, biologia, fotografia e IA, com entrada gratuita e acessibilidade garantida. Um olhar para o futuro que, mais do que imaginar, busca despertar consciência coletiva sobre o presente que estamos construindo.Serviço
📍 IA Passo Fundo
📅 De 5 a 31 de agosto
🕐 Segunda a sexta, das 13h30min às 17h
📌 Sala Desdêmona – 2º andar do Teatro Múcio de Castro
📞 Agendamentos para grupos: (54) 99992-4556
💡 Entrada gratuita, com intérprete de Libras na abertura

Redação enFoco

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