Os professores da rede municipal de Santa Maria paralisam as atividades nesta sexta-feira, 13 de junho, em um ato que marca a insatisfação da categoria com o governo municipal. A decisão de interromper as aulas foi tomada em assembleia organizada pelo Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (Sinprosm), diante do que classificam como “total descaso” da administração pública com a educação do município. O ato público ocorre na Praça Saldanha Marinho e será seguido de uma nova assembleia dos profissionais.
Entre as principais reivindicações, os professores exigem o reajuste salarial referente ao piso nacional do magistério, com índice de 6,27% para 2024. Segundo o Sinprosm, o valor já deveria estar sendo aplicado desde janeiro, mas, conforme a entidade, o Executivo alega a necessidade de concluir antes a reforma da Previdência municipal para discutir o aumento. O sindicato, por sua vez, afirma que os temas são distintos e que a espera já ultrapassa meio ano.
“A gente não pode mais esperar. Esse índice já está garantido por lei desde janeiro. A Prefeitura sequer abriu a discussão conosco. Além disso, há sobrecarga de trabalho, escolas sem estrutura, falta de professores, de estagiários, de monitores. Estamos em junho e ainda há turmas sem docentes. Essas condições estão adoecendo os educadores”, pontuou Celma Pietczak, coordenadora de comunicação e formação sindical do Sinprosm.
Além do reajuste e das dificuldades estruturais nas escolas, os professores também protestam contra a condução da proposta de reforma da Previdência, em discussão no Executivo municipal. O projeto, segundo o sindicato, pode retirar direitos históricos da categoria.
A escolha da data da paralisação, em plena sexta-feira 13, também tem um significado simbólico. “Consideramos que é azar mesmo nós termos um governo que não cuida dos professores e da educação de Santa Maria”, completou Pietczak. O movimento adota como lema da mobilização a frase: “Azar mesmo é ter um governo péssimo”.