Você já parou para pensar em quantas escolhas financeiras fazemos todos os dias? Desde cedo, somos colocados diante de decisões que envolvem dinheiro, mas a maioria de nós nunca foi preparada para isso. Pior: falar sobre o tema ainda é percebido como um tabu. Muitas pessoas têm receio de tratar sobre dinheiro, e esse silêncio contribui para que erros se repitam por gerações.
Os dados revelam a dimensão do problema: os brasileiros possuem, em média, 70,5% de sua renda comprometida com contas a pagar. Um em cada quatro consumidores não consegue quitar suas despesas mensais.
Esse ciclo de dificuldades poderia ter sido diferente se tivéssemos aprendido, desde cedo, a lidar melhor com o dinheiro. É justamente para mudar essa realidade que tenho me dedicado a uma pauta que considero transformadora: a educação financeira nas escolas.
Esse não é um tema de ocasião, é uma convicção que carrego desde a minha atuação como comerciante, vereadora, deputada estadual e, agora, deputada federal. No Rio Grande do Sul, depois de uma longa batalha, conseguimos incluir a educação financeira no currículo escolar. Foi uma vitória construída com persistência e a certeza de que preparar crianças e jovens para lidar com o dinheiro é um passo essencial para garantir um futuro melhor.
Recentemente, na Câmara dos Deputados, tivemos mais uma conquista importante. A Comissão de Constituição e Justiça aprovou o Projeto de Lei 2.979/2023, que inclui a educação financeira como tema transversal e integrador no currículo do ensino fundamental e médio das escolas brasileiras. Isso significa que não será uma disciplina isolada, mas deverá estar presente em várias áreas do conhecimento, ajudando os estudantes a compreender finanças de forma prática e contextualizada. A próxima etapa do projeto será a análise no Senado, onde precisamos garantir também a aprovação para que a proposta se torne realidade em todo o país.
Mas o que isso significa na prática? Para os pais, é a tranquilidade de saber que seus filhos terão a oportunidade de se preparar para enfrentar imprevistos, resistir ao apelo do consumo imediato e construir uma vida com mais estabilidade e segurança. Para os alunos é liberdade e possibilidade para transformar desejos em metas concretas, tomar decisões conscientes e compreender que cada escolha tem impacto no presente e no futuro.
A educação financeira também desperta consciência coletiva: mostra que cuidar do próprio dinheiro está ligado a compreender como circula a riqueza no país e de onde vêm os recursos públicos. É entender que tudo o que o governo oferece em serviços, benefícios ou programas sociais é pago com o dinheiro que sai do bolso do cidadão, por meio dos impostos. Não existe almoço grátis! Compreender esse mecanismo é essencial para que cada brasileiro perceba o peso da carga tributária e entenda a importância de cobrar responsabilidade e eficiência dos gestores públicos.
Dessa forma, inserir o tema nas escolas vai muito além de preparar indivíduos para gerir a própria vida ou prevenir o endividamento. É uma iniciativa capaz de ampliar horizontes e transformar a realidade do Brasil, formando adultos com pensamento crítico e autonomia. Ao mesmo tempo, é formar cidadãos atentos à vida pública e conscientes de que cada decisão econômica tem reflexos coletivos. Portanto, é um passo essencial para promover mudanças profundas na realidade econômica e social brasileira.
Por tudo isso, é uma pauta que defendo há muitos anos. Cada vitória nessa caminhada reforça minha convicção: só com conhecimento construiremos um país mais justo, responsável e próspero.
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