Quando a polícia precisa interditar a própria casa: o descaso do Governador Eduardo Leite

Na última terça-feira, policiais civis do Rio Grande do Sul fizeram algo que deveria chamar a atenção de todos nós: eles “interditaram” (simbolicamente) o Palácio da Polícia, em Porto Alegre. Os sindicalistas colocaram faixas amarelas e pretas, aquelas que a gente vê em cenas de crime, por todo o prédio. A mensagem foi feita para denunciar o local abandonado, que há muito tempo já não tem condições de funcionar.

Quem organizou o protesto foi a UGEIRM, o sindicato que representa escrivães, inspetores e investigadores de polícia. E eles têm toda razão em estar revoltados.

O Palácio da Polícia está caindo aos pedaços. Tem mofo nas paredes, elevador que não funciona, salas apertadas onde mal cabe gente. Mas o problema não é só em Porto Alegre. Aqui em Santa Maria, a realidade da nossa delegacia é um retrato do descaso que atinge toda a categoria. Falta estrutura, falta pessoal, falta o básico para que os policiais façam seu trabalho com dignidade. Na semana passada, esse quadro foi ainda mais agravado com a confirmação de mais policiais exonerados, chegando a marca de 42 somente em 2025. E quando falta dignidade para quem trabalha, quem perde somos todos nós, a população que precisa de segurança.

O recado do governo é claro: os policiais civis não são prioridade.

É hora do governo do Estado parar de fingir que não vê o problema. É hora de investir de verdade na polícia civil, não só com palavras bonitas em discurso, mas com ações concretas. Esses profissionais arriscam suas vidas todos os dias para garantir nossa segurança. Eles investigam crimes, atendem vítimas, trabalham em casos complexos. Merecem respeito, merecem estrutura, merecem ser ouvidos.

Santa Maria e todo o Rio Grande do Sul merecem uma polícia valorizada e bem equipada. E os policiais civis merecem trabalhar com dignidade. Assim como em todo o serviço público, fortalecendo as políticas públicas do nosso estado nas áreas da saúde, educação, cultura e segurança. Precisamos de um governo que olhe e se preocupe com o nosso povo!