Na medicina veterinária, assim como em qualquer profissão que lida com vidas, o ego pode ser um inimigo silencioso. Com o tempo, aprendi que o verdadeiro valor de um bom profissional não está apenas no conhecimento técnico, mas na capacidade de trabalhar em harmonia com os outros. Nenhum de nós é uma ilha. Por mais experiente que sejamos, sempre haverá algo novo a aprender com um colega, um estagiário ou até mesmo com o tratador que observa o animal todos os dias.
Em nossa rotina, é comum lidar com pressões, urgências e decisões difíceis. Nessas horas, o respeito e a colaboração fazem toda a diferença. Um ambiente de trabalho onde cada opinião é ouvida e cada contribuição é valorizada tende a produzir não só melhores resultados clínicos, mas também profissionais mais realizados. Quando um veterinário entende que pedir ajuda não é sinal de fraqueza, e sim de sabedoria, o coletivo cresce , e com ele, a qualidade do atendimento que oferecemos.
A profissão veterinária é feita de pessoas apaixonadas, dedicadas e, muitas vezes, exaustas. Por isso, precisamos cuidar uns dos outros. Celebrar as vitórias em conjunto, amparar nas derrotas e dividir o conhecimento com generosidade. A competição saudável impulsiona, mas o respeito sustenta.
Se quisermos que a medicina veterinária prospere, é fundamental que cada um de nós contribua para construir uma comunidade unida, ética e colaborativa. O futuro da profissão depende menos de quem brilha sozinho e mais de quem ilumina o caminho ao lado dos outros. No fim das contas, o maior legado que podemos deixar não é o número de cirurgias bem-sucedidas ou prêmios conquistados, mas o impacto positivo que causamos nas pessoas e nos animais que cruzam nossa jornada.








