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 Reflexão para promover no calendário campanhas de conscientização do consumo sustentável e da moda circular.

Os brechós, ou demais tipos de troca e comercialização, caracterizados como lojas de segunda mão ou second hand, são alternativas sustentáveis ao consumo desenfreado da moda rápida (fast fashion), uma forma de contribuir para a sustentabilidade, reduzindo o desperdício e o impacto ambiental.

A moda second hand, que envolve a compra, venda e troca de roupas e acessórios usados, é uma forma de prolongar a vida útil das peças e reduzir o impacto ambiental da indústria têxtil. 

O consumo responsável e a sustentabilidade precisam ser assuntos cada vez mais presentes nas Políticas Públicas e nos hábitos cotidianos. Pensando nisso, pretendo protocolar um Projeto de Lei para instituir em Santa Maria o Dia Municipal dos Brechós para promover campanhas municipais de conscientização, no intuito de incentivar as pessoas, e de modo gradual, a cultura da cidade, a comprarem roupas second hand. 

Isto é, existir campanhas que visam incentivar o consumo em brechós, a doação, o aluguel e a troca entre si, promovem, principalmente, uma cultura ética e ambiental de adquirir hábitos que ajudem a reduzir o desperdício e pensar no mundo de forma mais consciente, tendo em vistas as mudanças climáticas.

A proposta busca incentivar o comércio local de roupas, acessórios de itens usados, valorizando os brechós da cidade como agentes importantes da economia circular. Comprar em brechó é uma forma de consumir com consciência, reduzindo o desperdício têxtil, poupando recursos naturais e prolongando o ciclo de vida de peças que ainda têm muito valor.

Essa prática, de moda second hand, é uma crescente em todo o Brasil. E campanhas como essas já são realidades em algumas Cidades brasileiras como São Paulo, Belo Horizonte e Florianópolis que já realizam eventos e feiras em prol do incentivo da reutilização de roupas. Além de promover o fortalecimento de um grupo de pequenos empreendedores do setor e contribuir com alguns brechós que revertem a renda para instituições e abrigos da cidade. Santa Maria tem tudo para integrar esse movimento e criar sua própria identidade nessa pauta.

Considerando a prática para além do Brasil, uma ONG britânica, chamada Oxfam, que atua no mundo todo, criou a Campanha de conscientização conhecida como “Second hand September” (Setembro de Segunda mão, na tradução livre). Uma campanha que desde 2019 institui no calendário de eventos do setor da moda circular, durante o mês de Setembro, ações para chamar a atenção para a importância do consumo consciente e incentivar a prática.

Se faz importante ainda abordar que a temática não trata apenas de consumo de moda em um sentido raso, pois é uma prática que beneficia diversos aspectos socioambientais. Desde a redução do desperdício, poluição de tecidos descartados em lixos, economia de recursos naturais para a produção de novas roupas, preços acessíveis, diversidade e estilo, reflexão sobre o consumo e mudança de comportamento. Priorizando a sustentabilidade e promovendo a ética. O consumo da moda circular é mais do que uma tendência, é uma mudança de paradigma.

Do ponto de vista ambiental, promover a economia circular, é uma alternativa concreta para diminuir os impactos da indústria da moda, que é uma das mais poluentes do mundo. A indústria textil é considerada a segunda maior poluidora do planeta em emissões de gás carbônico, atrás apenas do setor petrolífero. Estima-se que seja responsável por 8% a 10% das emissões globais de gases de efeito estufa (levantamento publicado pela Global Fashion Agenda, organização sem fins lucrativo). 

Há ainda o problema quanto ao descarte do lixo, o Brasil descarta mais de 4 milhões de toneladas de resíduos têxteis, e o problema não reside apenas no descarte das roupas, mas também na produção e no consumo de água e uso de materiais químicos que poluem o ar, a água e o solo, inclusive no Rio Grande do Sul.

A criação de  uma agenda para essa campanha, que eu, enquanto vereador, acho importantíssimo levar ao debate na Câmara dos Vereadores através de um Projeto de Lei, visa fomentar a cultura do reuso, promover campanhas educativas socioambientais e valorizar negócios que fazem a diferença. 

Ao estimular o consumo sustentável, Santa Maria avança rumo a uma cidade mais consciente, inovadora e conectada com as novas formas de pensar e consumir. E gostaria de aproveitar esse espaço para deixar desde já a reflexão sobre a temática. Conto com o apoio da população e dos colegas vereadores para abrir esse debate e fortalecer essa ideia.

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