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Respeite a natureza do seu Pet

A gente ama nossos pets como parte da família, disso ninguém duvida. Eles estão nos nossos álbuns de fotos, nos grupos de WhatsApp e, claro, nos nossos corações. Mas tem uma linha tênue entre amar e humanizar, e é bom lembrar: bicho é bicho. Justamente o fato que os torna tão incríveis!

Aliás, sejamos honestos: por que um cachorro ou um gato iriam querer ser como um humano? Pra sentir vergonha de sair sem roupa? Pra ficar constrangido ao cheirar o traseiro do colega no parque? Ou, pior ainda… pra ter um olfato meia-boca em vez de captar o cheiro de uma migalha de pão a três quarteirões de distância?

Eles não precisam de glitter, nem de perfume. Precisam de espaço pra serem quem são e fazer o que querem fazer: correr, rolar, cavar, miar e latir. Precisam de liberdade pra expressar seus comportamentos naturais sem serem repreendidos por agir como um animal.

E é por isso que, antes de trazer um bichinho pra casa, vale parar e pensar: estou realmente pronto pra isso?

Assim como ninguém deveria ter um filho no impulso, também não se deve abrigar um animal sem preparo. Isso não significa que você precisa fazer um doutorado em etologia, mas um mínimo de estudo é essencial. Cães e gatos têm necessidades específicas, tanto físicas quanto emocionais. Precisam de rotina, de estímulo mental, de alimentação adequada, de acompanhamento veterinário, de tempo de qualidade com os tutores e o principal que muitos falham, de educação.

E sim, educar é fundamental. Ensinar o pet a viver em harmonia dentro de casa, por exemplo, é necessário tanto para o bem-estar dele quanto para o nosso. Mas isso não tem nada a ver com apagar o instinto, e sim com encontrar um equilíbrio. Adaptar o animal ao ambiente humano, com respeito à sua natureza. Um bom “adestramento” não busca transformar o pet em um robô obediente, mas ajudá-lo a entender limites e se expressar com mais segurança.

Mais do que brinquedos bonitinhos ou coleiras da moda, o que eles precisam é de um ambiente rico e que respeite seus instintos. Um cão não late “sem motivo”. Um gato não destrói o sofá por maldade. Eles estão se expressando e cabe a nós, humanos, entendermos o que está por trás desses comportamentos para melhorar o convívio e evitar as “punições”. E sim, infelizmente é isso que ocorre quando se humaniza um pet, pois atribuímos a ele a culpa do ato.

Amar um animal vai muito além de dar carinho e tirar selfies juntos. É se comprometer com o bem-estar dele ao longo da vida toda. É observar, aprender, ajustar a rotina quando necessário. É entender que eles não são humanos de quatro patas, mas seres incríveis com formas únicas (e muitas vezes hilárias) de existir no mundo.

No fim das contas, respeitar a natureza dos nossos bichos é a forma mais sincera de amor. Porque não tem nada mais bonito do que ver um pet feliz e saudável, sendo exatamente o que ele é.

Redação enFoco

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