Contrariando a ordem judicial proferida no dia 19 de maio, a empresa de energia RGE/CPFL cortou, na última terça-feira (20), a energia de 23 famílias na comunidade Altos da Lorenzi.
Os moradores já estão há mais de 48 horas sem luz e as consequências são graves. Ainda na terça-feira, um morador idoso precisou ser levado ao Pronto Atendimento, visto que é acamado e precisa da energia para o seus cuidados médicos, como o uso de um colchão elétrico que o ajuda na movimentação diária.
Há também duas moradoras que precisam da refrigeração para armazenar os seus medicamentos, pois são diabéticas e fazem o uso diário de insulina para sobreviver. Além de idosos, mães e pais de crianças e bebês de colo também enfrentam os desafios da falta de energia elétrica, tendo apenas o banho gelado como recurso de higienização no frio de maio.
É um absurdo o que está acontecendo com essas famílias, um tratamento desumano. Nosso mandato, que já vem acompanhando o caso desde fevereiro e vem conversando com autoridades do poder público municipal e estadual como Prefeitura e Ministério Público, denunciamos essa falta de humanidade pelos superiores da RGE.
Ontem estivemos na agência de atendimento da empresa buscando um retorno junto à comunidade e a notícia que recebemos é que eles não irão fazer o religamento da energia, mesmo contrariando uma decisão judicial. Passando por cima da lei e do judiciário.
Não iremos nos calar, continuaremos lutando em busca por justiça. Essas famílias necessitam de energia para sobreviver, um direito básico que é garantido na nossa constituição.
Seguiremos.
Coluna por: Marina Callegaro
