O Rio Grande do Sul vive um dos cenários mais críticos da última década em relação à gripe. Dados divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) mostram que, até 14 de julho de 2025, o estado registrou 2.654 casos graves de Influenza e 423 mortes — o maior número desde o início da série histórica em 2009, superando inclusive os índices da pandemia de H1N1.
A baixa adesão à vacinação tem sido apontada como fator central. Dos hospitalizados, 82% não estavam vacinados, assim como 78% das pessoas que morreram. A cobertura vacinal entre os grupos prioritários está em apenas 49,4%, enquanto a meta é de 90%. Entre crianças de 6 meses a 6 anos, a taxa é de 39,5%; entre idosos, 53,2%; e entre gestantes, apenas 29,8%.
A SES alerta que a vacina contra a gripe é gratuita e está disponível para toda a população acima dos seis meses de idade. A proteção começa a partir de 15 dias após a aplicação. Desde 2023, os índices de vacinação vêm caindo: a cobertura da vacina contra Influenza passou de 56,4% em 2023 para 50,51% em 2025.