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RSC-287 e a notícia que ninguém queria receber

Dois anos se passaram e a empresa contratada pelo Daer entregou apenas parte do projeto de duplicação da RSC-287, a Faixa Nova de Camobi, no trecho de 9 km entre os trevos da Estação Rodoviária e do Aeroporto Municipal. Como engenheiro civil, nunca vi algo semelhante. A questão agora é: o que falta para o Daer tomar uma posição definitiva ou apresentar uma resposta convincente à sociedade sobre um projeto tão essencial para Santa Maria? Não há justificativa técnica plausível para um prazo tão longo na elaboração de um projeto de duplicação rodoviária.

O compromisso firmado previa a entrega do projeto em um ano, a um custo superior a R$ 1,5 milhão. No entanto, a empresa já solicitou diversas prorrogações e, até o momento, um terço do valor já foi pago sem que o projeto tenha sido concluído.

Enquanto isso, a segurança da população está em risco. Crianças, pedestres, ciclistas e animais dividem espaço com ônibus, caminhões e demais veículos em um dos trechos mais movimentados e densos de Camobi. O trânsito congestionado causa transtornos diários, afetando diretamente trabalhadores, estudantes da UFSM, pacientes do HUSM, funcionários da Base Aérea e moradores do distrito de Pains e de bairros como o Diácono Luiz João Pozzobon, um dos mais populosos da cidade. A duplicação da via é essencial para todos esses cidadãos.

Até o momento, nem a população nem a Prefeitura Municipal têm informações sobre o projeto. Desde 2023, quando o contrato foi assinado, tenho questionado o Daer e solicitado esclarecimentos, mas sem sucesso. É inadmissível que não haja sequer uma apresentação do projeto. Não se sabe se haverá viadutos ou passagens de nível inferior, tampouco há qualquer detalhamento básico disponível.

Além disso, o projeto não foi apresentado à comunidade. Quando isso será feito? Se for apenas quando estiver pronto, a sociedade será responsabilizada por eventuais atrasos causados por ajustes solicitados. O Estado poderá argumentar que qualquer modificação retardará ainda mais a obra, o que comprometerá a participação popular no processo.

Minha maior preocupação é que este é apenas o primeiro passo: um projeto que definirá as diretrizes para uma obra que ainda precisará passar por todas as etapas legais, incluindo licitação e contratação, antes de, finalmente, sair do papel.

Luiz Roberto Meneghetti

Vereador de Santa Maria pelo Partido Novo

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