A Azul Linhas Aéreas anunciou o encerramento do voo que faz a rota Santa Maria–Campinas (SP), com atendimento aos passageiros garantido apenas até o próximo dia 2 de agosto. A decisão faz parte de um amplo processo de ajuste na malha aérea da companhia, que recentemente entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos para renegociar uma dívida bilionária de R$ 11 bilhões. Como parte do plano para reduzir custos, a Azul sinalizou a intenção de cortar até 30% das viagens atualmente operadas, afetando fortemente rotas regionais como a de Santa Maria.
Os passageiros que dependem da ligação direta com Campinas terão como alternativa apenas o trajeto para Porto Alegre, com três frequências semanais. Até o início de agosto, os voos Santa Maria–Campinas continuarão aos domingos, segundas, quartas e sextas-feiras, mas a partir daí, o único voo comercial disponível para Santa Maria será o trecho para Porto Alegre, com voos às terças, quintas e sábados.
É importante lembrar que a operação em Santa Maria enfrenta limitações estruturais: devido à pista da Base Aérea, apenas aeronaves menores, como o ATR-72 com capacidade para 70 passageiros, podem pousar e decolar. Aviões maiores, como os Airbus e Boeing usados pela Azul e outras companhias, não são suportados pela pista. Embora a prefeitura esteja negociando com a Aeronáutica para uma possível ampliação da pista, não há confirmação de quando — ou se — essa melhoria será realizada.
Essa redução significativa nas opções de voo gera preocupação legítima entre moradores e empresários da região, que dependem da conectividade aérea para seus deslocamentos, negócios e o desenvolvimento local. A suspensão do voo direto para Campinas não só limita o acesso da cidade a importantes hubs nacionais, como evidencia a fragilidade da infraestrutura aeroportuária regional e a falta de políticas públicas eficazes para garantir a competitividade e o crescimento do transporte aéreo em cidades do interior.
Enquanto isso, resta à população aguardar e torcer para que o mercado e as autoridades encontrem soluções que evitem um retrocesso na mobilidade aérea de Santa Maria.
Lula ligou o alerta, e desta vez foi em público. Durante o congresso nacional do PSB, o presidente apelou aos aliados para que concentrem esforços nas eleições ao Senado em 2026. A preocupação não é nova, mas agora foi escancarada: o risco de uma maioria conservadora na Casa Alta é real e palpável. E não são apenas os petistas que estão inquietos. Nos bastidores do Supremo Tribunal Federal, ministros também já manifestam apreensão com um Senado que possa, enfim, virar o jogo contra a Corte.
Se o plano da direita vingar, será possível aprovar projetos que cerceiem os poderes do STF, viabilizar processos de impeachment de ministros e, sobretudo, eleger um novo presidente do Senado alinhado ao bolsonarismo. O cenário atual de contenção pode se inverter radicalmente a partir de fevereiro de 2027, independentemente de quem estiver na cadeira presidencial.
E a direita não está parada. Muito pelo contrário. A lista de pré-candidatos cresce a cada semana. Em Santa Catarina, as deputadas Caroline De Toni e Júlia Zanatta (ambas do PL) se credenciam com força. No Rio Grande do Sul, Marcel Van Hattem (Novo) e Luciano Zucco (PL) aparecem como favoritos do eleitorado conservador. Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Guilherme Derrite (Republicanos) despontam como opções para São Paulo, maior colégio eleitoral do país — Eduardo, aliás, ainda pode migrar para a disputa presidencial.
No Distrito Federal, o imbróglio é triplo: Michelle Bolsonaro e Bia Kicis disputam espaço com o ex-desembargador Sebastião Coelho, que já bateu o martelo para concorrer pelo Novo. Coelho, conhecido por seus ataques ao STF e à figura de Alexandre de Moraes, encarna a ala mais radicalizada da cruzada conservadora.
Em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral, o cenário é de guerra civil no PL. O comunicador Marco Antônio Costa, o “Superman”, recém-transferido para Lagoa Santa, tenta emplacar seu nome com o aval de Bolsonaro, mas enfrenta resistência do diretório mineiro. Lá, também estão na corrida os deputados Domingos Sávio, Eros Biondini, Cristiano Caporezzo e o vereador Vile dos Santos. Há ainda os nomes de Carlos Viana (Podemos), que pode buscar a reeleição, e Marcelo Aro (PP), apadrinhado pelo governador Romeu Zema.
No Paraná, o advogado Jeffrey Chiquini, defensor de réus do 8 de janeiro, virou nome quente nas redes e quer surfar na onda do antipetismo e da antipolítica. Sua crítica pública ao STF e a Alexandre de Moraes já o colocou no radar de eleitores bolsonaristas.
O que une esse bloco, além do conservadorismo? A busca pelo selo de aprovação de Jair Bolsonaro, hoje o maior cabo eleitoral da direita nacional. O ex-presidente se vê forçado a mediar disputas internas e definir quem terá seu aval, tarefa que exigirá mais do que carisma: exigirá estratégia e renúncia de egos.
Do lado de Lula, a dificuldade é montar uma tropa de choque capaz de enfrentar essa ofensiva. A ideia de escalar senadores aptos à reeleição e governadores em fim de mandato é reflexo de uma escassez de quadros competitivos no campo progressista. O risco, como definiu o senador Humberto Costa (PT-PE), é de um “pandemônio institucional”.
Longe de ser mero embate eleitoral, a disputa pelo Senado em 2026 se anuncia como a batalha decisiva da Nova República. Para Lula e o STF, está em jogo a estabilidade democrática. Para a direita bolsonarista, é a chance de virar a mesa, e colocar o Judiciário no banco dos réus.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou inelegíveis até 2028 o atual prefeito de Santa Rosa, Anderson Mantei (PP), o ex-prefeito Alcides Vicini (PP) e o empresário Luciano Hang, dono da rede Havan. A decisão foi proferida pelo ministro André Ramos Tavares e reformou sentenças anteriores da Justiça Eleitoral gaúcha, que havia rejeitado os pedidos da coligação adversária na eleição municipal de 2020.
Segundo o ministro, os três cometeram abuso de poder econômico ao vincularem, em pleno período eleitoral, a instalação de uma unidade da Havan na cidade à vitória de Mantei. Durante ato público em Santa Rosa, Hang pediu votos para o candidato do PP e relacionou diretamente a abertura do empreendimento ao resultado da eleição.
Embora a sentença não afete o mandato atual de Mantei, reeleito em 2024, o impacto político é significativo. O prefeito, um dos principais nomes do Progressistas no interior do Estado, fica impedido de disputar eleições pelos próximos três anos, o que altera o xadrez sucessório tanto no município quanto no partido.
Também réu na ação, o deputado federal Osmar Terra (MDB) foi absolvido, assim como o vice-prefeito Aldemir Ulrich (MDB). O advogado da coligação autora da denúncia, Marcelo Gayardi Ribeiro, recorreu para pleitear a aplicação de multa aos políticos condenados e a inclusão de Terra entre os inelegíveis.
“A decisão trouxe justiça ao caso”, afirmou Ribeiro. “Uma empresa poderosa condicionar investimento a uma vitória eleitoral é atentado à democracia.”
A ação de investigação judicial eleitoral havia sido movida pela coligação liderada por Orlando Desconsi (PT), derrotado em 2020. Em primeira e segunda instâncias, o processo foi julgado improcedente pelo TRE-RS. A reviravolta no TSE surpreendeu as defesas dos condenados.
Em nota, o advogado César Augusto Schmitt Sousa, que representa Vicini, afirmou que a decisão foi recebida “com total surpresa” e que um recurso já foi protocolado. A defesa de Mantei também confirmou que vai recorrer. Já a assessoria de Luciano Hang informou que o empresário “estuda as medidas cabíveis” e que “não existe nenhuma lei que proíba empresários de apoiarem candidatos”.
A inelegibilidade de Mantei e Vicini, duas lideranças com forte capital eleitoral na região, deve influenciar diretamente o cenário político em Santa Rosa e na região noroeste do Estado. Com o Progressistas sob pressão, abre-se espaço para novas composições e candidaturas à prefeitura em 2028. O MDB, apesar da absolvição de Terra e Ulrich, também entra na disputa com cautela, enquanto o PT observa o desenrolar do caso com interesse renovado.
O governo do RS lançou nesta semana um ambicioso plano de descarbonização, com destaque para a instalação de uma planta de hidrogênio verde até 2026, ou até o ano que vem, segundo o secretário da Casa Civil, Artur Lemos. Serão R$ 102 milhões em subsídios públicos para atrair projetos do setor, com edital a ser aberto em 16 de junho. A promessa é posicionar o Estado como referência ambiental no país.
A proximidade entre o cronograma do projeto e o calendário eleitoral levanta questionamentos inevitáveis. Cotado para a Presidência, Eduardo Leite vê na agenda verde uma vitrine política. Já seu vice, Gabriel Souza, é nome forte na sucessão estadual. Lemos nega qualquer viés eleitoreiro, mas admite: “O que funciona pode ser utilizado, o que não funciona a oposição pode utilizar”.
O pacote inclui ainda isenção de taxas ambientais para empresas carbono zero, novo projeto de lei na Assembleia, incentivos a consumidores de energia limpa e parcerias internacionais. Com o Estado ainda se reerguendo das enchentes, o governo aposta em sustentabilidade como caminho para reconstrução e, possivelmente, como trampolim eleitoral.
Governos de Sergipe, Santa Catarina, Mato Grosso, Minas Gerais e da capital paulista já manifestaram interesse em replicar o programa Mãe Gaúcha, lançado pelo Rio Grande do Sul em fevereiro de 2024. Coordenado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, o programa distribui kits com itens essenciais para gestantes em vulnerabilidade social, como cobertores, macacões e bolsas maternidade.
O secretário Beto Fantinel, natural de Santa Maria, ressalta que a iniciativa integra cuidado com o bebê, apoio emocional às mães e articulação com outras políticas públicas. Para ele, investir na primeira infância é apostar em uma sociedade mais justa e solidária no futuro. “Priorizar a primeira infância nunca será gasto, mas sim um investimento no presente que refletirá no futuro da sociedade”, afirma.
O Mãe Gaúcha atende gestantes a partir da 28ª semana de gestação, inscritas no Cadastro Único e com pré-natal em dia. Para aderir, os municípios precisam enviar um termo de adesão assinado pelo prefeito. Mais de 400 cidades já participaram da primeira edição, comprovando o sucesso e potencial de expansão do programa.
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