O porquê da importância da assistência psicológica aos servidores públicos municipais de Santa Maria, começa justamente com a valorização do servidor público e o serviço público municipal.
O cuidado com a saúde mental tem se tornado cada vez mais urgente em todas as esferas da sociedade e, no serviço público, não poderia ser diferente, por isso a importância de darmos atenção a essa pauta, já que a temática saúde mental precisa ganhar mais espaço nas discussões públicas, nos ambientes de trabalho e nas políticas governamentais.
Em Santa Maria, nossos servidores municipais enfrentam diariamente grandes responsabilidades, prazos, cobranças e, muitas vezes, a pressão de lidar diretamente com as necessidades da população. Esse cenário exige não apenas preparo técnico, mas também equilíbrio emocional.
E não sem razão: vivemos em um tempo em que o adoecimento emocional é uma realidade crescente, afetando trabalhadores das mais diversas áreas — inclusive os servidores públicos municipais. Em Santa Maria, essa preocupação não pode mais ser vista como secundária: é urgente, necessária e precisa ser tratada com a devida atenção pelo Poder Público.
Como vereador e representante da comunidade, entendo que valorizar o servidor público é também garantir a ele condições dignas de trabalho, apoio institucional e, sobretudo, oportunizar o acesso a uma assistência psicológica contínua e de qualidade. Afinal, servidores acolhidos e fortalecidos emocionalmente refletem diretamente na qualidade dos serviços prestados à população santa-mariense.
Neste artigo, convido à reflexão sobre a importância de implantarmos políticas públicas voltadas à saúde mental dos nossos servidores. É hora de cuidarmos de quem cuida da cidade. A saúde mental dos servidores públicos municipais é um tema que merece atenção especial, em tempos de síndrome de Burnout.
Especialmente por conta dos últimos dados, que apontam a necessidade urgente de políticas públicas que promovam o bem-estar psicológico desses profissionais. Dados relevantes sobre a saúde mental dos servidores públicos revelaram por meio de uma pesquisa realizada pela ULBRA em parceria com o Sintergs que 60% dos servidores públicos do Rio Grande do Sul estão estressados devido à falta de perspectivas no ambiente de trabalho.
Segundo artigo científico de SMAGO INSTITUCIONAL RANKINS1, no Brasil, os transtornos mentais (TM) estão entre as principais causas de ausência ao trabalho e respondem pela duração mais longa das licenças, assim como representam um indicador de risco à incapacidade para o trabalho.
Conforme dados na União Federal, depressão e ansiedade são as condições psíquicas que mais afetam as servidoras e servidores na última década, com respectivamente 563 e 475 pessoas afastadas do serviço público federal em razão dessas doenças. Após, o transtorno misto ansioso e depressivo gerou a saída temporária de 388 profissionais e a reação aguda ao estresse acarretou no afastamento de 315 servidores.
Além disso, 45% dos entrevistados relataram enfrentar discriminação e favoritismo no ambiente laboral, fatores que contribuem significativamente para o estresse ocupacional. Esses números destacam a urgência de se implementar programas de apoio e assistência psicológica, assim como de estratégias de gestão que promovam um ambiente de trabalho saudável e inclusivo.
As Políticas Públicas de Apoio Psicológico não são novidades no Estado Gaúcho, a implementação de programas como o PROSER (Programa de Valorização e Atenção à Saúde Física e Mental dos Servidores e Servidoras) demonstra um avanço na valorização da saúde mental dos servidores públicos, instituído no Estado do Rio Grande do Sul, o Proser oferece suporte psicológico e social aos servidores, visando melhorar a qualidade de vida no ambiente de trabalho. Iniciativas como essa são fundamentais para criar um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo e merece ser replicado em programas municipais.
É imperativo que os gestores públicos de Santa Maria/RS reconheçam a importância da saúde mental dos servidores municipais e implementem políticas públicas eficazes comprometidas em promover o bem-estar psicológico desses profissionais. Investir em política municipal de atenção à saúde mental dos servidores públicos não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também uma estratégia inteligente para melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços públicos prestados à comunidade.
Pensando nisso é importante refletir e desmistificar o tabu da saúde mental, muitas vezes invisibilizada, fica então a proposta deste artigo, impactar a conscientização no fomento da saúde mental dos servidores públicos locais.
Coluna por: Lorenzo Pichinin
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