Quando falamos sobre servir, muitos ainda associam esse verbo ao “dar quando sobra”. Mas o servir verdadeiro não nasce do excesso nasce do coração. É uma escolha diária de contribuir com o que se tem, onde se está, com o que é possível agora.
Muitas vezes, esperamos “ter mais” para então ajudar, doar, contribuir. Pensamos: “Quando eu tiver tempo, dinheiro, reconhecimento, aí eu sirvo.” Mas o servir é um movimento de alma, e não de conta bancária. É quando eu ofereço um pouco do meu tempo, do meu talento, da minha escuta, para tornar o lugar onde vivo um pouco melhor. Servir é plantar sem exigir flores imediatas. É doar o invisível atenção, presença, gentileza e confiar que o universo devolve em formas que não cabem no cálculo humano.
E esse servir não precisa ser nem o mais, nem o menos ele precisa ser o suficiente.
Porque quando o nosso servir está voltado para dar demais, também criamos desequilíbrio.
No olhar sistêmico, todo excesso esconde uma falta. Quando damos em demasia, sem perceber, muitas vezes buscamos ser vistos, amados ou reconhecidos. E, nesse movimento, saímos do fluxo natural da vida, ocupando lugares que não nos pertencem.
Servir de forma equilibrada é honrar o fluxo entre dar e receber. É estar a serviço da vida, e não do ego que quer ser indispensável.
Servir é também sobre legado. A herança é o que deixamos para os nossos filhos bens, conquistas, posses. O legado é o que deixamos dentro deles valores, exemplos, caminhos abertos. Heranças podem dividir; legados, multiplicam. Quando escolhemos servir, estamos ensinando, em silêncio, que o sentido da vida está em contribuir, não em acumular. Que a verdadeira riqueza é poder dizer: “o mundo ficou um pouco melhor porque eu passei por aqui”.
O futuro que desejamos começa nos gestos de agora. Em cada atitude que constrói uma sociedade mais humana, menos competitiva e mais colaborativa. Servir é esse ato de fé: acreditar que, mesmo quando ninguém vê, o bem-feito floresce talvez não no nosso tempo, mas no tempo perfeito da vida.
Exercício Sistêmico: Diagnóstico do Servir
Respire fundo.
Feche os olhos e pense em suas relações — familiares, profissionais e sociais.
Observe onde há cansaço, cobrança, culpa ou sensação de não ser reconhecido(a).
Agora, leia com atenção as afirmações abaixo e marque as que mais ressoam com você:
🔹 Se você marcou a maioria das afirmações, é possível que esteja dando demais, saindo do equilíbrio entre dar e receber.
🔹 Se nenhuma ou quase nenhuma se encaixa, talvez esteja retendo, com medo de se doar, e o fluxo também se interrompe.
Se ao ler isso você percebeu algo se movendo dentro de você, é sinal de que o sistema quer ser olhado.
💬 Me chama no direct vai ser um prazer olhar junto contigo para o teu movimento de servir e entender o que está por trás dele.
Com carinho,
Michi Milanni
Enfermeira, Terapeuta Sistêmica Empresarial e CEO do movimento Empreendedorismo e Elas
@michi.milanni @empreendedorismoeelas
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