por Roberta Machado
Na semana passada convidei todos a assistirem “Homem com H” no fim de semana, mas confesso que eu mesma só fui conseguir assistir hoje. E o que tenho pra dizer é que eu chorei. Nos últimos 20 minutos de filme, e segui, por mais uns bons minutos, apenas apreciando o poder do cinema.
Eu não me considero crítica de filmes, não me importo com a luz, as cenas, figurinos ou a atuação. A atuação do Jesuíta Barbosa foi incrível, não me levem a mal, é quase como se a entidade Ney Matogrosso entrasse nele e estivesse ali, na frente dos nossos olhos. Mas cinema não é só sobre isso, é sobre nos tirar do lugar e nos permitir entrar dentro de cada cena. É sobre essa emoção absurda que preenche lugares que a gente nem sabia que tinha.
O que o filme mostra é que somos bichos, Ney era (e é) bicho no palco, Jesuíta foi bicho na frente das câmeras, somos todos bichos. Mas bicho que faz arte, que canta, dança, pinta… Somos bichos que amam, porque o amor é talvez a maior de todas as artes.
E se o que nos diferencia dos animais é isso, a arte e o amor, então qual o problema no amor? Por que o amor é perseguido? É discriminado? É morto?
Hoje é o Dia Internacional do Orgulho LGBT+, um dia que relembra a repressão sofrida em 1969 em Nova Iorque, a mesma repressão que Ney sofreu, o mesmo ódio que ainda hoje perpetua.
Pra marcar essa data, trago dicas de filmes LGBT+ que representam o amor em suas várias formas:
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Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016) – Prime Video
Emocionante, íntimo e lindo, esse filme ganhou merecidamente o Oscar de Melhor Filme em 2017.
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Carol (2015) – Mubi e Prime Video
A paixão de duas mulheres em 1950 desafiando uma sociedade conservadora. Para quem ama filmes de época, a fotografia e os figurinos são incríveis, além da emoção da história.
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Girl (2018) – Netflix
O sonho de muitas meninas na infância é ser bailarina, foi o meu também, e é o de Lara, uma menina trans que enfrenta dificuldades por causa de seu corpo.
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Vermelho, Branco e Sangue Azul (2023) – Prime Vídeo
Uma comédia romântica para fugir do clichê de sofrimento LGBT+. Um filme leve e com aquela receita de inimigos que se apaixonam que todo mundo ama.
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Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014) – Netflix e no Prime Video
Adolescência é uma época difícil para todos, uma época de descobertas, medos e novidades. A de Leonardo (Ghilherme Lobo) é retratada aqui, um menino cego que começa a se apaixonar por seu amigo.
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A Favorita (2018) – Disney+
Mais um ganhador do Oscar, aqui Olivia Colman levou a estatueta de melhor atriz ao interpretar a rainha Ana. Suas duas conselheiras lutam por seu favoritismo, nesse drama com um toque de comédia.
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Divinas Divas (2016) – Netflix
O documentário narra a trajetória de oito artistas travestis pioneiras da década de 1960, trazendo as histórias e memórias de artistas que fizeram parte de um movimento que desafiou a moral da época.
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Minha Mãe é uma Peça (2013) – Netflix, Globoplay e Prime Vídeo
Não importa quantas vezes assista, sempre me tira gargalhadas. Paulo Gustavo eternizado como o maior comediante dos últimos tempos, quebrou as barreiras com esse filme e entrou nas casas de milhões de pessoas.
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Aproveitem o fim de semana para amar, seja com um parceiro, uma parceira, ficante, namorado, amigos, animais de estimação ou até mesmo, se apaixonar por um filme novo. Seja qual for sua sexualidade, o respeito é a coisa mais importante.
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