A negociação salarial entre os trabalhadores do transporte coletivo e a ATU (Associação dos Transportadores Urbanos) segue travada. O motivo é o mesmo do ano passado: a ausência de reajuste na tarifa de ônibus em Santa Maria.
Segundo a ATU, a Prefeitura acumula uma dívida de R$ 6 milhões com as empresas, referente ao subsídio de janeiro a abril. Com um prejuízo diário estimado em R$ 70 mil, as viações afirmam não ter condições de conceder o reajuste salarial dos 550 funcionários.
O Sitracover, sindicato da categoria, pede reposição do INPC (4,17%) mais 6% de aumento real, como forma de compensar perdas acumuladas na pandemia. A data-base é fevereiro, mas até agora não houve avanço.
— A categoria está insatisfeita. Se for a vontade dos trabalhadores, podemos repetir a paralisação parcial de 2024 — afirmou o presidente do sindicato, Rogério Costa, que deve convocar assembleia nos próximos dias.
Ele ainda alertou que o setor enfrenta dificuldades para contratar motoristas, sinal de que a profissão está perdendo atratividade.
Por: Samara Debiasi