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Teatro e educação: coletivo ensina o teatro de formas animadas para estudantes e professores

As formas animadas integram o teatro a partir de objetos, sombras, bonecos e máscaras, criando um gênero teatral que conta histórias dando vida a elementos inanimados e encantando crianças e adultos. Porém, apesar de seu potencial artístico e pedagógico, ainda é pouco explorado no interior do Rio Grande do Sul. Foi a partir dessa lacuna que nasceu o Coletivo Peirô, em 2023, idealizado por Ana Emília da Rosa e Tayná Lopes.

As duas artistas já vinham refletindo sobre os processos educacionais do teatro e perceberam que os bonecos, mesmo que já estejam no espaço escolar, não são tão aprofundados e ficam apenas nas mãos dos adultos. Segundo Ana Emília, o coletivo nasce com o intuito de formação dos profissionais do teatro e de professores da educação básica. “Embora já tenhamos grupos que atuam há muito tempo com formas animadas na região, não temos uma cultura de desenvolvimento de pesquisas e propostas culturais e artísticas.” 

Para que as oficinas sobre diferentes temáticas do teatro sejam realizadas continuamente, o Coletivo Peirô trabalha a partir de projetos com financiamento público. O “Rede Formativa Peirô” tem foco na formação de professores, propondo atividades dinâmicas que eles possam realizar em sala de aula com os alunos, utilizando materiais acessíveis. Nos últimos meses, o grupo passou por cinco escolas da cidade com oficina de teatro de papel, além de quatro oficinas para professores no Espaço Cultural Victorio Faccin: Teatro de Sombras, Teatro e Acessibilidade, Adaptação de Literatura Infantojuvenil para Dramaturgia e O Caráter Pedagógico do Mamulengo. 

“Temos o intuito de enriquecer o repertório dos professores para que a gente tenha propostas cada vez mais diversas dentro dos espaços escolares”, afirma a fundadora.  

Já o projeto “Peirô: Experimentações em Formas Animadas” é voltado para os artistas da região com interesse em ampliar o repertório no teatro, além de contribuir para a própria formação dos integrantes do grupo. Para isso, profissionais de outros locais são convidados a realizar oficinas sobre assuntos que os estudantes têm interesse, mas não têm acesso.

“O Peirô tem a característica de processo de pesquisa, não necessariamente de especialização em determinada técnica, mas de experimentar e possibilitar a experimentação para outras pessoas.”

Ana Emília destaca o interesse dos professores da educação básica no teatro de formas animadas. Ela afirma que quem participa das oficinas de formação, utiliza os conhecimentos dentro de sala de aula e compartilha as experiências realizadas com os alunos. Com esse propósito, o Coletivo Peirô se consolida como uma iniciativa que vai além da criação artística e de um movimento de formação, mas que também valoriza a troca de saberes e o gênero como recurso cultural, educativo e comunitário em Santa Maria.

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