- Lista dos mais influentes da Time não tem representantes do Brasil
A revista americana Time divulgou nesta quarta-feira (16) a edição 2025 da tradicional lista Time100, que reúne as cem pessoas mais influentes do mundo. Este ano, pela primeira vez desde 2019, nenhum brasileiro foi incluído na seleção, que contempla nomes de destaque nas áreas da política, ciência, artes, esportes e inovação.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que figurou na lista de 2023 ao reassumir o cargo para seu terceiro mandato, ficou de fora em 2024 e agora novamente em 2025. Outros brasileiros que já apareceram na Time100 nos últimos anos incluem Jair Bolsonaro (2019), o cacique Raoni Metuktire (2020), a empresária Luiza Trajano (2021), a cantora Anitta (2022), o jogador Vinícius Júnior (2023) e a ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que foi citada três vezes (2008, 2023 e 2024).
Apesar da ausência de brasileiros, a América Latina segue representada com nomes de peso na política atual. Entre os destaques estão o presidente argentino Javier Milei — descrito pela revista como um “ícone global da direita” —, Claudia Sheinbaum, primeira mulher eleita presidente do México, reconhecida por sua atuação nas negociações de migração com os Estados Unidos, e María Corina Machado, líder opositora na Venezuela, apresentada como símbolo de resiliência e patriotismo.
A seleção da Time100 é dividida em seis categorias: Titãs, Artistas, Inovadores, Pioneiros, Ícones e Líderes. A escolha é feita por editores e jornalistas da revista, que consultam fontes e parceiros ao longo do ano para identificar as pessoas que estão moldando os rumos do mundo em diferentes áreas.
- Nova proposta da Maesa em Caxias incluirá mais áreas e deve ser apresentada em maio
A prefeitura de Caxias do Sul prepara a terceira versão da proposta de concessão do mercado público e do complexo Maesa, após tentativas anteriores sem sucesso. A nova proposta deve ser apresentada até o início de maio e poderá incluir uma área maior, abrangendo os pavilhões 6 e 8 — antes fora do escopo.
A inclusão dessas estruturas, localizadas entre o pavilhão central e a Rua Treze de Maio, busca tornar o projeto mais atrativo à iniciativa privada, reduzindo incertezas quanto a possíveis concorrências futuras. Por outro lado, também eleva o valor do investimento.
O pavilhão 8 era previsto para abrigar um centro gastronômico, o que gerava conflito com o mercado público e afastava investidores. Já o pavilhão 6 tem potencial para receber um hotel, espaço de exposições ou estacionamento — este último, a principal demanda dos investidores. O prédio também tem sido cogitado para sediar a Secretaria Municipal de Educação, como forma de gerar fluxo ao local.
Além da ampliação, o projeto busca oferecer mais segurança jurídica aos interessados, o que exigirá nova aprovação do Tribunal de Contas do Estado. Segundo o secretário de Planejamento, Marcus Vinicius Caberlon, é essencial definir claramente o uso de cada área do complexo.
Agora, o desafio é alinhar os interesses dos investidores com os do município — e, sobretudo, com os da população de Caxias.
- Página virada no MDB gaúcho
Presidente estadual do MDB, Vilmar Zanchin afirmou que o caso que levou à liberação do deputado federal Osmar Terra, que irá se filiar ao PL, representa página virada no partido. “Liberamos o Osmar para que ele busque o seu caminho. As ideias dele não estão de acordo com a forma como o MDB gaúcho age, com diálogo e respeito aos pensamentos divergentes”, disse Zanchin.
O dirigente afirmou que o presidente nacional, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), está a par da situação e que agora cabe ao diretório nacional a tomada de decisão, “mesmo que mais drástica, como uma eventual expulsão”.
- Com saída de Eduardo Leite, PSDB redesenha estratégia com novas alianças
Enquanto o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, se prepara para deixar o PSDB e ingressar no PSD visando uma candidatura ao Senado em 2026, os tucanos avançam em reestruturações. O partido deve anunciar nos próximos dias a fusão com o Podemos e a formação de uma federação com o Solidariedade.
Essas movimentações ocorrem em meio a uma reorganização partidária mais ampla no Congresso, marcada também pela articulação de uma federação entre União Brasil e PP, e pelas tratativas do MDB com o Republicanos. A expectativa é que, após a união com Podemos e Solidariedade, o PSDB componha um bloco com o MDB para fortalecer sua atuação no centrão.
- Federação entre União Brasil e PP já tem nome, mas desafios regionais persistem
Embora a proposta de federação entre o União Brasil e o Progressistas (PP) esteja “99% fechada”, os dois partidos ainda enfrentam dificuldades em algumas regiões, como na Paraíba, onde a distribuição de protagonismo para as eleições de 2026 causa divergências internas. As discussões, no entanto, devem ser resolvidas até o final de abril.
Apesar disso, a federação já tem nome — União Progressistas — e até logo. Caso a aliança seja concretizada, o grupo político se tornará o maior bloco da Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares, ultrapassando o PL. No Senado, as duas bancadas somam 13 senadores. Uma nova reunião entre as lideranças dos partidos está prevista após o feriado de Páscoa.
- Internado, Bolsonaro acompanha discussão sobre anistia e deve aprovar novo texto
O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo internado na UTI após uma cirurgia complexa de 12 horas, deve aprovar o novo texto do projeto de anistia. Bolsonaro, segundo o deputado, sempre defendeu que a anistia não é para ele, pois não possui condenações, e quer focar a punição apenas em quem depredou patrimônio público. Sóstenes protocolou um pedido de urgência para acelerar a tramitação do projeto na Câmara. Devido ao estado de saúde delicado, as visitas a Bolsonaro estão restritas à família, e o contato com aliados tem sido limitado.
- Identidade negada: transfobia oficial dos EUA atinge deputada brasileira
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) denunciou ter sido alvo de transfobia institucional por parte da Embaixada dos EUA no Brasil ao ter sua identidade de gênero negada durante o processo de emissão de visto diplomático. Mesmo com documentos oficiais brasileiros que reconhecem seu gênero feminino, a embaixada a registrou como homem, o que a levou a desistir de uma missão oficial nos EUA, onde palestraria na Brazil Conference at Harvard & MIT 2025.
Hilton responsabiliza diretamente o governo Trump, que em janeiro de 2025 emitiu um decreto que só reconhece sexos masculino e feminino como imutáveis desde o nascimento. A deputada considera o ato uma violação diplomática e busca respostas do Itamaraty, além de articular uma ação jurídica internacional. A Embaixada dos EUA, por sua vez, afirmou seguir a legislação americana e se recusou a comentar casos individuais.