Um caminho para a Prosperidade: Infraestrutura Rodoviária, Desenvolvimento e Integração Regional

É senso comum em qualquer esfera de planejamento ou decisão política que a infraestrutura de transporte rodoviário desempenha um papel fundamental no desenvolvimento regional, atuando como um motor para o crescimento econômico e como ferramenta essencial à integração social. A integração social refere-se ao processo de incluir indivíduos ou grupos em um contexto social mais amplo, garantindo-lhes acesso a direitos, oportunidades e participação plena na sociedade. É um processo dinâmico e contínuo que visa promover a igualdade e reduzir as desigualdades sociais, garantindo a qualquer comunidade os meios básicos para gerar, conservar e multiplicar a riqueza que produz.

Nesse sentido, as rodovias de qualidade cumprem esse papel indutor do desenvolvimento e da integração regional, pois facilitam o escoamento da produção agrícola e industrial, reduzindo custos de transporte e aumentando a competitividade de produtos locais no mercado. Além disso, uma malha rodoviária eficiente e bem cuidada reduz custos e encurta distâncias, atraindo investimentos e permitindo a instalação de novas empresas, bem como a expansão das existentes, o que gera empregos e renda. A acessibilidade proporcionada pelas estradas também promove a circulação de pessoas, estimulando o turismo, o acesso a serviços básicos, como saúde e educação, e a conexão entre diferentes localidades, diminuindo as desigualdades regionais e impulsionando um desenvolvimento mais equitativo.

Fica fácil concluir que os investimentos em infraestrutura rodoviária têm um impacto transversal em toda a economia: quer no setor público, quer no privado, todos se beneficiam desse tipo de iniciativa, que não é apenas de longo prazo, mas permanente.

Infelizmente, só notamos de forma mais eloquente esses efeitos quando eles se manifestam de forma reversa, ou seja, quando estão em falta. Nesses momentos, conseguimos grandes mobilizações, e o assunto volta a ser tratado com a importância que tem, nos dando uma falsa sensação de que algo está sendo feito. Correr atrás do prejuízo é fundamental e deve ser seguido de uma ação permanente de avaliação, proposição e execução de obras que minimizem ou evitem as consequências dos próximos eventos climáticos, mas que também atendam às necessidades de desenvolvimento e integração regional.

Precisamos ir muito além da ideia de reconstruir imediatamente o que foi destruído e olhar para um plano de desenvolvimento da infraestrutura logística que atenda a todas as necessidades que já eram prementes antes das catástrofes. Se olharmos com clareza, perceberemos que não precisamos de mais enchentes ou secas para estar em estado de profunda necessidade de investimentos em infraestrutura. Mesmo sem os eventos extremos, precisamos de um grande upgrade nessas infraestruturas para explorarmos na plenitude todos os potenciais que são tão abundantes em nossa cidade e região.

Diante dessa reflexão, fica evidente que o investimento contínuo e estratégico em infraestrutura de transporte rodoviário transcende a simples construção de estradas mais resistentes aos extremos climáticos. Ele representa um pilar indispensável para o desenvolvimento regional robusto e equilibrado, impulsionando a economia, gerando empregos e promovendo a integração social. A experiência, especialmente das recentes calamidades, enfatiza a urgência de uma mudança de paradigma: precisamos ir além da mera reconstrução reativa e adotar uma postura proativa, com um plano de desenvolvimento logístico de longo prazo. Somente assim garantiremos que a infraestrutura esteja à frente das necessidades, permitindo que regiões como a nossa, em especial Santa Maria, explorem todo o seu potencial produtivo e humano, transformando desafios em oportunidades para um futuro mais próspero, justo e conectado para todos.